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TotalCor desperta na equipe interesse em ser referência internacional

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- Ricardo Benichio
Na cirurgia cardíaca, o paciente ficava sete dias internado. Hoje fica apenas cinco

O TotalCor, em São Paulo, queria se colocar entre os melhores hospitais de cardiologia do mundo. E foi implantando o uso de bancos de dados internacionais que a instituição melhorou a qualidade do serviço e a segurança do paciente para receber as certificações mais cobiçadas e respeitadas do segmento. Mas a tarefa não estaria cumprida sem a ajuda de uma equipe dedicada à causa, - pilar considerado prioridade para a realização do projeto -  e destaque no Referências da Saúde.  





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Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2013, foram investidos R$ 100 mil na associação a dois importantes bancos de dados: os mundialmente utilizados da Society of Thoracic Surgeons (STS) e do American College of Cardiology (ACC). Os recursos também foram compartilhados com os treinamentos para coleta e preenchimento das informações necessárias, padronização dos procedimentos e pessoal qualificado.

“Primeiro, é treinar as pessoas que fazem a coleta de dados, porque é um sistema muito rígido”, conta o diretor-técnico do TotalCor,
Walter Furlan. A etapa seguinte, segundo ele, é analisar os primeiros resultados que chegam e, no caso de um indicador abaixo do esperado, reunir as equipes de cirurgiões, anestesia e enfermagem para resolver o que fazer para melhorar. “Um dos exemplos é perceber que estamos usando mais sangue do que precisamos e chegar à conclusão que está sendo usado de forma desnecessária”.

As associações STS e a ACC são entidades que enviam relatórios trimestrais e passam uma avaliação muito criteriosa. Nesse acompanhamento, se percebeu uma mudança no comportamento dos profissionais envolvidos. “Inicialmente todo mundo fica um pouco assustado quando você diz que vai fazer análise de desempenho, pois existe um certo receio”, relembra. “Mas hoje nossa equipe já fica esperando ansiosamente o próximo relatório. Depois do receio inicial, passa a existir um interesse pelos resultados”.

Com a implementação, o hospital passou a colher os frutos com o reconhecimento de prêmios e títulos. O STS, por exemplo, com base no desempenho de diversos itens avaliados, define um critério que confere de uma a três estrelas para a performance do hospital. E o TotalCor recebeu classificação máxima nos relatórios anuais de 2012 e 2013 (segundo Furlan, só cerca de 12% dos hospitais dos Estados Unidos alcançam tal status).


Depois, recebeu a excelência no cuidado a pacientes portadores de infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca, com o certificado da Joint Commission International (JCI) de 2012. Em julho de 2013, conquistou a reacreditação hospitalar da JCI, considerada a instituição mais importante em termos de qualidade médica e hospitalar. Por fim, em 2014, o já citado ACC reconheceu o TotalCor como Centro de Excelência.

O diretor-técnico cita alguns dos resultados que ilustram essa melhora do hospital: na cirurgia cardíaca, o paciente que ficava sete dias internado hoje fica apenas cinco, beneficiado pela comparação com os dados internacionais; em pontes de safena, o uso de algum hemoderivado caiu de 70% para 35% dos casos depois que melhorou a medição dos resultados; o indicador de infecções também foi reduzido após a análise mais detalhada dos processos.

“Basicamente, a mudança impacta na melhoria de alguns processos médicos. E isso rapidamente começa a representar melhorias de desempenho. Assim, os resultados são muito satisfatórios, já que o monitoramento contínuo dos dados gerados nos permitiu identificar as   falhas nos processos, os pontos críticos e os pontos positivos”, avalia Furlan.

A sustentabilidade do projeto está garantida com a manutenção dos indicadores e resultados já alcançados. O hospital também faz treinamentos, discussões de caso e apresentação constante dos resultados para equipe envolvida, - comparando com os de outras instituições-por meio da análise realizada dos relatórios recebidos e com feedback para equipe envolvida no processo do cuidado.


*Para ler a revista Saúde Business, que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI