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SH Saúde vende procedimentos em horários ociosos

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- Divulgação
Por meio de site usuários podem comprar procedimentos médicos, dentro da rede assistencial do GSHS, a um custo inferior ao das tabelas das operadoras

Garantir acesso a serviços privados de saúde às crescentes classe C e D da região metropolitana de Salvador sem que fosse necessário exigir a contratação de planos privados e, além disso, tornar rentáveis horários ociosos na rede assistencial. Essa é a fórmula criativa encontrada pelo baiano Grupo SH Saúde.



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Considerado pelos diretores um projeto de inclusão social, o Clube Brasil Saúde é um canal web em que os interessados podem comprar procedimentos médicos, dentro da rede assistencial do GSHS (incluindo hospital, clínicas e laboratório), a um custo inferior ao das tabelas das operadoras. Isso, é claro, também é uma solução para outro problema de gestão financeira: como combater os 25% de ociosidade da rede sem ter que recorrer a convênios médicos além dos 11 já atendidos?

“Os planos da nossa região que não são nossos clientes não oferecem garantias de operação, preço e recebimento que julgamos interessantes”, explica o superintendente do Grupo SH Brasil, Eládio Galdino. Além disso, “temos uma estrutura grande, que obviamente precisa preencher os espaços ociosos para ser mantida”, explica o diretor de tecnologia e inovação do GSHS, Haroldo de Oliveira Peon.

 Para facilitar a compra, o sistema online aceita cartões de crédito, inclusive com opções de parcelamento, débito e boleto bancário, graças a uma parceria com o PagSeguro, responsável por toda interface de pagamento online. É possível ainda comprar créditos de forma periódica, criando uma espécie de “poupança saúde” para emergências e, no futuro, procedimentos cirúrgicos eletivos.

“Acreditamos que o principal ganho reside na possibilidade de acesso a estruturas de assistência diferentes das disponibilizadas pelo poder público a preços compatíveis”, pondera Galdino. “Além disso, nos dá a possibilidade de atender os requisitos de responsabilidade social que consideramos fundamentais para empresas do segmento de saúde.”
Outro ponto considerado facilitador do acesso para as classes C e D foi o estabelecimento de convênios com lan houses de bairros periféricos para subsidiar o custo de acesso à internet e da impressão de documentos. Afinal, o acesso à rede ainda não é universal na região metropolitana de Salvador, embora o cenário esteja mudando rapidamente.

Desenvolvimento
No total, o projeto e a divulgação inicial custaram cerca de R$ 1,35 milhão. Preço que inclui a necessária ampliação da infraestrutura de TI, com novos servidores e redundância de rede, além de consultoria com médicos para adequação às regras do Conselho Federal de Medicina e advogados para subsidiação jurídica.

A expectativa do GSHS é que o serviço, lançado em junho de 2014, some cerca de 250 mil pacientes por ano aos quase 1,3 milhões de atendimentos feitos em 2013. Estima-se que os compradores do Clube Brasil Saúde gastem em média R$ 220 por ano, acrescentando R$ 55 milhões à receita anual do grupo no prazo de três anos.

Nos primeiros quatro meses foram atendidas cerca de 11 mil pessoas, que passaram por 55 mil procedimentos - números que demonstram o potencial do projeto, segundo a empresa. Cerca de 12% dos atendimentos da rede do GSHS no período já correspondem às marcações via Clube Brasil Saúde, derrubando os atendimentos via convênio de 90% para 85%, e os particulares de 10% para apenas 3%.

Segundo Peon, os próximos passos do projeto incluem um aplicativo para celular que facilite ainda mais o acesso. Afinal, celulares inteligentes são cada vez mais comuns, inclusive entre classes menos abastadas. Uma ferramenta de business intelligence (BI) deve ainda permitir o monitoramento e acompanhamento dos resultados da plataforma online, facilitando as decisões gerenciais relativas ao projeto.


*Para ler a revista Saúde Business, que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI