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Saúde privada registra recorde de assistidos

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Especialista comenta a importância da tecnologia no RH para gerenciar serviços e ter uma boa saúde corporativa

Embora o crescimento do número pessoas com acesso à saúde privada tenha batido recorde ao atingir a marca de 50.493.061 de usuários, em dezembro de 2022, conforme aponta dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o uso inadequado deste serviço pode gerar prejuízos às companhias que oferecem o benefício aos seus colaboradores. Além disso, a má utilização dos atendimentos pode provocar o encarecimento dos contratos feitos com as empresas que oferecem planos de saúde aos seus funcionários.

No balanço financeiro do ano passado, as empresas do setor de saúde apresentaram resultados financeiros abaixo do esperado, principalmente as de grande porte. De acordo com a ANS, de janeiro a setembro, as operadoras médico-hospitalares registraram resultado líquido negativo de R$ 3,4 bilhões. A sinistralidade acumulada passou de 88,84% no 2º trimestre para 90,30% no terceiro trimestre, ainda em 2022. Esses números indicam que 90% do que foi arrecadado com os planos foram gastos com assistência à saúde.

Os altos custos dos planos de saúde corporativos estão em constante análise nas grandes corporações, uma vez que representa o segundo maior gasto das companhias, atrás apenas da folha de pagamento. Diante de um cenário que exige melhor administração dos recursos financeiros, muitas empresas perdem milhões de reais com a má gestão dos planos de saúde que são oferecidos aos colaboradores como benefícios.

O problema maior é que as empresas não administram saúde como negócio, mas olhando apenas para o impacto imediatista financeiro. O objetivo é ter uma gestão completa para ganho de produtividade e eficiência, evitando impactos futuros.

É fato que a maioria das empresas não tem conhecimento claro da sua população e sua utilização integral dos serviços do plano de saúde. E não tratam isso com prioridade e estratégia. É neste campo de oportunidades que existem empresas focadas na gestão 360º de saúde, com alto investimento em novas tecnologias, implementação de programas de saúde, e que vem contribuindo fortemente para mudar esse cenário, colocando o RH como centro da estratégia, minimizando o seu operacional e trazendo benefícios claros financeiros.

Tecnologia para gerir serviços de saúde privada

A adoção de indicativos de gestão de saúde no ambiente de trabalho, com o uso de tecnologia e softwares, como o Facility Safe e o B.I. Safe Health, têm papel relevante para as empresas adotarem medidas assertiva nas corretas tomadas de decisão. Trabalhar com inteligência de dados é uma realidade que traz impactos positivos em todo o ecossistema de gestão de saúde dentro das companhias, pois impactam todas as variáveis; desde o entendimento de medidas de bem-estar a serem implementadas às questões de auditorias de custos médicos, impacto financeiro, absenteísmo e índices de sinistralidade.

“Sem tecnologia é impossível controlar todas as variáveis, entendê-las e tomar medidas corretas e assertivas” diz Katia de Boer, diretora comercial da Safe Care, empresa especializada na área de gestão de benefícios de saúde.

Ela explica que cruzar dados e interpretar todas as movimentações relacionadas à saúde dos colaboradores de uma empresa, por meio de um sistema de gestão, é crucial para a adoção de medidas que tragam retorno concreto. “A gestão da saúde é essencial no controle de gastos, na identificação de abusos e ainda é eficaz ao oferecer indicativos que permitam corrigir rotas e promover medidas preventivas inclusive de saúde e bem-estar dos funcionários; estimulando ações como programas de saúde mental e física, entre outras alternativas que os impactam positivamente”, finaliza.

Sistema integrado de gestão de saúde privada

Para detectar falhas no uso do benefício, melhorar a produtividade do colaborador e garantir economia, criou um sistema integrado de gestão 360. A implementação em uma das empresas atendidas pela Safe Care permitiu identificar abusos na utilização do plano por parte dos funcionários e que estavam aumentando substancialmente os índices de absenteísmo da companhia.

Katia conta que os colaboradores apresentavam atestados de consulta particular, mesmo com o benefício saúde concedido pela corporação. Na auditoria feita, foram identificados mais de 1.500 dias de atestados, gerando em torno de R$ 500 mil de prejuízo à empresa, provocado pela ausência do funcionário e pela baixa produtividade.

Na maioria dos casos, tratavam-se de funcionários que tentavam ‘ganhar’ períodos de descanso usando a rede médica particular. O problema foi resolvido graças ao trabalho de auditoria dos custos médicos da Safe Care, que fez uma triagem dos casos, identificou as ocorrências que eram verdadeiras e precisavam de orientação médica, separando-as das que eram ‘fraudes’, finaliza.