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“A saúde não é aproveitada em sua integralidade"- diz Lottenberg

Article-“A saúde não é aproveitada em sua integralidade"- diz Lottenberg

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Lottenberg abriu o debate elucidando sobre os principais desafios em melhorar a saúde no Brasil que são compreendidos em envelhecimento, sofisticação tecnológica, ética e combate ao desperdício.

O Saúde Business Fórum 2017 promoveu painéis de debates com a finalidade de reunir as principais referências e lideranças do setor para trazer aos presentes um conteúdo atual, estratégico e praticável.

No primeiro dia do evento, um dos temas discutidos foi: Uma agenda para transformar o sistema, conduzido por Cláudio Lottenberg, Presidente UnitedHealth Group Brasil e do Instituto Coalizão.

Lottenberg abriu o debate elucidando sobre os principais desafios em melhorar a saúde no Brasil que são compreendidos em envelhecimento, sofisticação tecnológica, ética e combate ao desperdício, e o quanto eles se tornam árduos com o decorrer dos anos, seja pela pluralidade de agentes envolvidos ou pela carência de propostas sustentadas no indivíduo como centro das ações.

“A saúde é um direito colocado na Constituição. O problema é que quem fez isso não considerou que essa conta deve ser paga por alguém”, diz Lottenberg.

O setor de saúde caracteriza 9% do PIB, estimulando oportunidades em inovação e possibilitando cerca de 5 milhões de empregos em diferentes frentes. Sendo assim, Lottenberg destaca que a saúde é um segmento com muito potencial, porém não é  aproveitado em sua integralidade.

Acerca do desperdício em Saúde, ele demonstrou que aproximadamente 30% da despesa total de saúde nos EUA em 2009 ($765 bilhões de dólares) foi desperdiçada em serviços desnecessários, segundo relatório do Institute of Medicine. Como propor mudanças diante desse cenário?

O atual cenário carece de profundas mudanças, entretanto o  intuito desse painel é canalizar os conceitos abordados, para  que mais adiante eles possam ser incorporadas pelos representantes da cadeia produtiva do segmento.

A perspectiva é que até 2030, a população brasileira idosa (acima de 60 anos) triplique, isto é, para acompanhar o perfil populacional, o país deve ampliar os modelos de atenção aos idosos, além de realizar investimentos na formação dos profissionais de saúde para o cuidado dessa população.

“ Os médicos deverão lidar com a questão do envelhecimento populacional. Isso com certeza vai provocar mudanças no setor de saúde”.

Foi assim que Lottenberg descreveu a questão da longevidade, além de pontuar que existe uma demanda crescente no segmento por conta do aumento da expectativa de vida.

Os modelos de pagamento foram apresentados e discutidos, assim como os seus respectivos impactos no sistema  e a necessidade de se desenvolver modelos pluralizados, e a urgência de mudanças em suas aplicações para o controle de custos relacionados aos cuidados de saúde.

A sofisticação tecnológica  esteve presente na pauta e ele fez uma ressalva sobre as abordagens que devemos antepor e quais tecnologias de fato agregam valor.

A saúde deve ser discutida dentro de uma visão humanizada, métrica e digital, finaliza Lottenberg.