A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo inaugurou em abril uma nova área de transplantes de medula óssea (TMO) na Unidade Pompeia. O andar destinado exclusivamente aos pacientes oncohematológicos possui consultórios, espaços privativos para medicação, leitos para o atendimento de emergência e leitos de internação reversíveis para UTI. No total, foram investidos R$ 500 mil nas obras de adequação do local, que se pauta nos princípios de humanização do atendimento.
Aline Guilherme, hematologista especializada em TMO da Rede São Camilo, explica que a área foi desenvolvida para oferecer todo o suporte necessário. Em caso de intercorrências fora do hospital os pacientes transplantados são encaminhados para um serviço exclusivo de Pronto Atendimento, com funcionamento 24 horas, onde serão atendidos por uma equipe especializada.
Além dos leitos de emergência, o local tem 20 quartos para internação com infraestrutura especial reversíveis para UTI, dispensando deslocamentos dentro do hospital.
Procedimento
Quando um paciente precisa de transplante, é verificado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), órgão integrado a um sistema internacional, se há um doador compatível. Caso seja encontrado, uma equipe médica do São Camilo viaja para captar a medula. Após a realização do transplante, todos os pacientes são monitorados por até cinco anos.
A nova área de TMO da Unidade Pompeia promete atendimento individualizado aos pacientes em todas as etapas do tratamento, com uma equipe multiprofissional que acolhe a cultura e os valores individuais, com atividades especiais adaptadas às necessidades e limitações de cada indivíduo. A psicóloga da Rede São Camilo, Rita Calegari, diz que o paciente pode até, por exemplo, receber a visita do animal de estimação, caso autorizado pelo médico. Ainda no leito de internação, os adultos podem produzir artesanato, como pintura, decupagem e bordado, e as crianças têm acesso a atividades lúdicas, brinquedoteca, contadoras de histórias e acompanhamento pedagógico.
O São Camilo Pompeia é um dos 26 centros autorizados pelo Ministério da Saúde a realizar todos os tipos de transplantes de medula óssea: autólogo, quando as células são obtidas do próprio paciente; alogênico aparentado, quando a medula óssea é doada por um membro da família; e alogênico não-aparentado, quando o doador não tem vínculo familiar com o receptor. O primeiro procedimento foi feito na Unidade em 1989. Só nos últimos três anos, já foram realizados mais de 150 transplantes.
