A utilização de sistemas informatizados para o gerenciamento de informações clínicas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é usual e crescente. Uma pesquisa realizada por médicos da UTI do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), em São Paulo, mostra que os sistemas podem também, além de dar esse suporte a médicos e enfermeiros na gestão clínica dos leitos, fornecer uma base de dados confiável para a realização de estudos científicos. ,13,O estudo, que será publicado no Jornal of Critical Care no primeiro semestre de 2014, reuniu (por um período de dois anos) evidências científicas sobre as características dos pacientes internados nas unidades intensivas e os fatores relacionados com longa permanência na UTI. A base de dados para o estudo foi extraída do sistema Epimed, ferramenta utilizada pelo hospital para monitoramento clínico dos 34 leitos de UTI do HAOC, que são separados em unidades gerais, cardiológicas e neurológicas.,13,De acordo com o coordenador médico de pacientes graves do Oswaldo Cruz, Fernando Colombari, ?o sistema nos mostrou um retrato das características da UTI, o que tornou a pesquisa possível?. Outro fator importante, segundo o especialista, é que o uso do software permitiu a sistematização do registro de informações clínicas da UTI e essa regularidade possibilitou integrar os dados de prontuário eletrônico com as informações clínicas dos leitos de Terapia Intensiva.,13,Para tornar possível a integração entre dados administrativos e clínicos foi criada uma interface possibilitando o encontro das informações do sistema Epimed com o software administrativo utilizado pelo hospital. ,13, ?O uso do sistema auxiliou a liderança da UTI na identificação de possibilidades de melhoria da unidade e a verificar com precisão dados clínicos como tempo de permanência na unidade, taxa de ocupação, pacientes-dia, diagnósticos mais prevalentes, mortalidade padronizada, dentre outros indicadores?, detalhou Colombari em comunicado. ,13,
