Há muito que indústrias, empresas, hospitais e universidades terceirizam algumas de suas atividades, como serviços de manutenção, limpeza e segurança. Mais recentemente, vem ganhando expressão a tendência da integração desses serviços-suporte, a fim de proporcionar economia de escala e evitar os transtornos de múltiplas gestões.
No nível operacional, há necessidade de agrupar serviços que, juntos, contribuem para um propósito maior. Um mesmo supervisor é capaz de coordenar os setores de manutenção, reparos e logística, além da limpeza. Já o serviço de segurança pode ser gerenciado dentro do núcleo de recepção e estacionamento.
Se há alguma identidade compartilhada entre os serviços-suporte, também há um imenso potencial para sua integração. Afinal, o pessoal de limpeza pode ser o primeiro a notar uma vidraça trincada em um hospital e acionar o supervisor de operações para providenciar o reparo o quanto antes. No modo tradicional, de single services, não surpreenderia se o funcionário pensasse: "Não é minha função. É problema da empresa de manutenção".
A integração de serviços também possibilita maior troca de informações. A transmissão de instruções, normas, valores, e todo tipo de experiência adquirida está garantida, enquanto no modelo descentralizado a mão direita não sabe o que a esquerda está fazendo.
Sem mencionar as vantagens de se negociar com apenas um fornecedor e de padronizar etapas de seleção, admissão, cursos e treinamentos, de suportes técnicos e tecnológicos. Os desgastes naturais das negociações são reduzidos significativamente.
Se os ganhos com a terceirização são relevantes, ainda mais serão quando houver condições de se potencializar a comunicação, a cooperação e a integração de vários serviços, oferecendo ao cliente um cluster de atividades que poderão baixar os custos e garantir um posicionamento estratégico no mercado.
*Marcelo Trovati é diretor comercial da Brasanitas Serviços Integrados, que atua há 45 anos no mercado de serviços terceirizados.
