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O hospital baseado em valor: como está sendo esta migração?

Article-O hospital baseado em valor: como está sendo esta migração?

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Medir desfechos clínicos passam a ser diferenciais nessa mudança do sistema de saúde

Três experiências nacionais ilustraram na manhã desta quarta-feira (11/11) a jornada de transformação do sistema de saúde hospitalar durante o Conahp. O foco agora é ser um hospital baseado em valor e isso é uma tendência global. Sandro Chaves, diretor médico do Mater Dei (MG), Eliezer Silva, diretor geral do Hospital Vila Santa Catarina, conveniado do Albert Einstein, e Sheila Martins, do Moinhos de Vento, (RS) contaram o que têm de novo na gestão e os resultados positivos obtidos.

Para se gerar valor, alguns aspectos foram apontados, inclusive ferramentas nesse sentido. Entre elas o modelo ICHOM (International Consortium for Health Outcomes Measurement), que propõe medir outras variáveis das comumente aferidas pelos hospitais. A ideia do ICHOM é medir os resultados (outcomes) dos pacientes de maneira padronizada. Para a membro do Global Health Care Practice, Jennifer Clawson, a equação do valor é “outcomes/custo”.

“É preciso definir quais desfechos vão ser mensurados e, com isso, se tem melhores processos e condutas”, contou Sheila, do Moinhos de Vento, que tem aplicado o ICHOM para AVC (acidente vascular cerebral). Até 2017, a ICHOM, empresa sem fins lucrativos, fundada por três instituições, pretende ter publicado 50 estandartes, abrangendo mais de 50% da carga global de doenças. Para se ter ideia de como funciona, veja o estandarte para doença na artéria coronária:

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Outras ferramentas dessa jornada para a transformação do sistema hospitalar foram citadas, como o DRG – conceito que tem o propósito de qualificar os atendimentos de internação dos hospitais, segundo o grau de utilização dos serviços prestados; e o Big Data. “Quando você coloca os dados nas mãos das equipes clínicas [independente do tempo de experiência de cada profissional], elas se unem”, ressaltou Jennifer.

Construir essa consulta com base no valor e juntamente com o grupo multiprofissional foi também bastante enfatizado por todos os gestores do painel. Eliezer, do Vila Santa Catarina (Einstein), comentou que isso às vezes é mais fácil e resolutivo com os enfermeiros do que com os médicos. “O enfermeiro tem muita paixão em servir e, muitas vezes, tem mais consciência em não gerar desperdício do que o médico. Para o hospital, o dinheiro é finito, mas a qualidade e paixão não são”, disse Eliezer da Silva.