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Mortes por ebola ultrapassam 1,5 mil

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Até terça-feira (26), foram contabilizados 3.069 casos, mais de 40% deles nos últimos 21 dias. Maior taxa de mortalidade até agora foi registrada na Guiné

A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza 3.069 casos de ebola, incluindo 1.552 mortes, em quatro países da África ocidental, de acordo com balanço concluído terça-feira (26) e divulgado quinta (28). O balanço anterior da epidemia, que continua a avançar de "forma acelerada", mostrava a existência de 2.615 casos e 1.427 mortes, em 20 de agosto.

Mais de 40% do número total de casos foram registrados nos últimos 21 dias e estão concentrados em algumas localidades, acrescenta a OMS. O ebola tem taxa de mortalidade média de 52%, variando entre 42% em Serra Leoa e 66% na Guiné-Conacri.

Na Guiné-Conacri, onde a epidemia de ebola foi registrada primeiro no início deste ano, as autoridades contabilizam 648 casos e 430 mortes. Na Libéria, são 1.378 casos e 694 mortes. Em Serra Leoa, o balanço é 1.026 casos e 422 mortes, enquanto na Nigéria há 17 casos, com seis mortos.

A OMS cita, no balanço, que uma epidemia diferente, sem relação com a dos quatro países da África ocidental, foi observada, em 24 de agosto, pela República Democrática do Congo. Os dados referentes a essa epidemia não estão incluídos no levantamento de hoje da organização.

Propagação
A Nigéria informou que um médico morreu infectado pelo vírus ebola na cidade petrolífera de Port-Harcourt, no Sudeste. É a sexta morte no país e o primeiro caso fora da cidade de Lagos.

De acordo com o ministro da Saúde nigeriano, Onyebuchi Chukwu, o médico morreu sexta-feira passada (22), depois de ter tratado um paciente que teve contato com o primeiro caso de ebola no país. “Depois de sua mulher ter anunciado a morte (no sábado), uma investigação profunda foi feita e análises em laboratório mostraram que o médico morreu devido ao vírus ebola”, disse.

Com 15 casos confirmados, segundo o novo balanço do Ministério da Saúde, a Nigéria registrou o primeiro caso em 20 de julho, em um norte-americano-liberiano, que morreu em Lagos cinco dias depois da chegada.

Ajuda brasileira
Em resposta a um pedido de cooperação internacional da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde enviou na quarta-feira (27) cinco kits com medicamentos e insumos para ajudar o governo de Serra Leoa no controle da epidemia do vírus ebola. Cada kit pode atender a cerca de 500 pessoas por três meses.

Ao todo são 1,2 toneladas de produtos, com 48 itens, sendo 30 tipos de medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, e 18 insumos para primeiros-socorros, como luvas e máscaras. O governo brasileiro começou a enviar ajuda aos países com surto de ebola em junho, com a doação de quatro kits para a Guiné.

Está previsto o envio de mais cinco kits para a Libéria.