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Moinhos de Vento aplica filosofia inglesa Every patient, every time

Article-Moinhos de Vento aplica filosofia inglesa Every patient, every time

Auxiliado por um sistema, hospital visa diminuir ao máximo variabilidade dos processos e padronizar condutas assistenciais

Inspirado pela filosofia “Every patient, every time”, aplicada na Escócia e Inglaterra, o Hospital Moinhos de Vento (RS), busca diminuir ao máximo a variabilidade dos processos e padronizar suas condutas assistenciais, independentemente de onde ou em que momento do atendimento o paciente esteja.

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Lembrando que, nos Estados Unidos, o número de mortes nos hospitais decorrentes de eventos adversos pode ser comparado à queda de um avião, do tamanho de um jumbo, por dia. Para o gerente médico do Moinhos, Gabriel Dalla Costa, a primeira forma de minimizar o risco é através da padronização da informação. Isso só pode ser feito, segundo ele, com o envolvimento das lideranças na agenda da qualidade e segurança, de treinamentos constantes e do desenho de sistemas efetivos e inteligentes que funcionem como estruturas de apoio à decisão.

Seguindo tal estratégia, o hospital vem implementando uma ferramenta que facilita o acesso aos protocolos assistenciais utilizados. O sistema permite que o corpo clínico tenha acesso a informações atualizadas. Para esta construção, a instituição promoveu o envolvimento das lideranças de diversas áreas para elaboração dos protocolos.

Até agora mais de cem documentos já foram criados, os quais estão organizados em fluxos que possuem formato de algoritmos. O acesso é feito através de palavras-chave. Por exemplo, quando o profissional está registrando a evolução médica diária no prontuário eletrônico, um pop-up se abre associando essas palavras aos protocolos aos quais estão linkadas.

Se, por exemplo, o profissional digita a palavra “torácica”, o sistema automaticamente reconhece todos os protocolos que estão relacionados a esta palavra-chave e oferece a possibilidade de acesso. Estes documentos permitem, muitas vezes, que se possa ‘linkar’ um protocolo ao outro. É possível acessar de dentro do protocolo de dor torácica, por exemplo, os protocolos de síndrome coronariana aguda, tromboembolismo pulmonar, dissecção de aorta, pneumonia, entre outros.

Além disso, os protocolos estão organizados em cores, sendo que cada cor representa uma etapa do processo diagnóstico e/ou terapêutico. Muitos dos protocolos são a compilação de várias diretrizes, capítulos e artigos científicos. Exemplo é o protocolo de “Pneumonia Adquirida na Comunidade em Adultos” que, além da experiência de pneumologistas e médicos internistas que escreveram o documento, contou com a análise e incorporação de condutas das últimas diretrizes brasileiras, americanas, inglesas e indianas, todas adaptadas à realidade do Moinhos de Vento.

Além da integração multidisciplinar para este trabalho, um Núcleo de Gestão de Protocolos foi constituído, composto por integrantes da Superintendência Médica e da Epidemiologia Hospitalar. Eles se reúnem com os chefes dos serviços médicos que, por sua vez, designam pessoas-chave para trabalharem como desenvolvedores.

De acordo com Costa, quando concluídos, os documentos recebem ainda a validação da Comissão de Protocolos do hospital e do órgão regional representativo da especialidade.