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Imtep realiza primeira consulta de saúde ocupacional no Brasil por plataforma de telemedicina

Article-Imtep realiza primeira consulta de saúde ocupacional no Brasil por plataforma de telemedicina

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Atendimento pioneiro na área de medicina do trabalho possibilita ainda a implantação do conceito de Occupational Health Track

O Imtep foi a primeira empresa no Brasil a realizar uma consulta ocupacional por plataforma de telemedicina. O registro foi feito nesta segunda-feira (06/04), quando a empresa lançou o serviço de teleconsulta ocupacional que será destinado aos atendimentos em Medicina do Trabalho. Além de pioneiro, o serviço também vai atender as recomendações relacionadas à pandemia de COVID-19 feita pelas autoridades de saúde e reduzir as atividades presenciais.

A modalidade de teleconsulta, para esse tipo de atendimento, se enquadra nas especificações de telemedicina que foram liberadas pelo Governo Federal. “O formato de consulta por videoconferência se mostrou bastante eficaz, uma vez que reduzimos a movimentação de pessoas em nossas clínicas, sem deixar de atender a demanda por exames. Sempre com a segurança necessária para atestarmos a aptidão ou não para o trabalho”, explica Virgínia Cornelsen, gerente médica do Imtep.

Nesse sentido, ela acrescenta ainda que é possível fazer um registro de saúde rico, na linha do tempo, que traz segurança a todos os envolvidos. “Partimos dos preceitos éticos da Medicina: princípio da beneficência, não-maleficência e do bom senso dos profissionais de saúde”.

Na prática, a ferramenta facilita ainda a implantação do conceito de Occupational Health Track. “Todos os dados de saúde ocupacional ficam reunidos no prontuário clínico do paciente. Ali, também podemos reunir as informações de Medicina Assistencial. Com isso, temos a possibilidade de fazer um monitoramento da saúde de cada indivíduo de forma ativa com informações de exames periódicos ou assistenciais. Teremos a jornada da saúde do paciente dentro da empresa buscando a saúde integral”, explica o médico Cezar Berger, CEO do Imtep.

Na prática

Para que o exame admissional, demissional, de retorno ao trabalho, mudança de função ou periódico seja feito pela plataforma de teleconsulta, a equipe da central de agendamento do Imtep faz a avaliação de elegibilidade conforme o risco de cada função. Se for dado prosseguimento ao encaminhamento, o funcionário recebe o e-mail de confirmação com a data, hora e o link para fazer a consulta. “Também são enviadas as orientações sobre como será o exame, o que será necessário para fazer a videochamada e recomendações sobre vestimenta e ambientes mais apropriados”, explica Virgínia.

Ela ainda esclarece que a teleconsulta segue os mesmos procedimentos de uma consulta presencial, na qual o médico aplica um questionário ao paciente e faz avaliações relacionadas à saúde ocupacional, seguindo técnicas de avaliação à distância. Em termos de confidencialidade, a plataforma é bastante segura, com certificação internacional HIPAA, sendo que somente o médico e o paciente têm acesso à videoconferência, garantindo o sigilo médico.

Além disso, toda consulta será gravada e o arquivo anexado ao prontuário médico virtual para emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Durante a consulta, o médico pode avaliar se há necessidade de um atendimento presencial. Assim como o funcionário também terá essa opção ao final do procedimento. “O atestado ocupacional só é emitido se o médico estiver confiante nas informações coletadas e de que o atendimento foi suficiente para a avaliação”, pondera a médica.

Controle da demanda

De acordo com Virgínia, o atendimento por videoconferência também vai auxiliar no controle das demandas de exames das empresas. “Isso vai contribuir para que os departamentos de recursos humanos não fiquem com atendimento reprimido na área de saúde ocupacional, já que os prazos dos exames foram prorrogados, mas a obrigatoriedade não está dispensada”, justifica.

A Medida Provisória publicada pelo Governo Federal prorroga os prazos de determinados exames ocupacionais em, até 60 dias, enquanto durar a declaração de estado de calamidade. “Isso significa que, quando os atendimentos forem normalizados, muitas empresas terão que realizar os exames dos funcionários quase que em totalidade e ao mesmo tempo. Isso poderia gerar um descontrole nos processos de recursos humanos”, avalia.