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Importância da gestão dos pacientes crônicos

Article-Importância da gestão dos pacientes crônicos

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Mesmo após 15 anos do surgimento de novos tratamentos para pacientes crônicos, falta de gestão e prevenção da evolução das doenças ainda fazem parte do setor

Com os avanços da tecnologia, novos tratamentos de alta complexidade foram incorporados para pacientes portadores de doenças crônicas. No entanto, mesmo após 15 anos do surgimento dessas medicações, o setor ainda carece de uma melhor gestão desses pacientes. Além disso, o tratamento de doenças crônicas e a sua não condução adequada contribuem de forma relevante para os custos assistenciais, impactando a sustentabilidade do setor. É essa discussão que os médicos João Paulo dos Reis Neto, presidente da Capesesp (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde), e Reno Martins Coelho, diretor Médico do CID Grupo, farão no 22º Congresso Internacional UNIDAS.

Para Reno Martins Coelho, o maior desafio é chamar a atenção dos gestores sobre o quanto as operadoras de saúde precisam se aprofundar na discussão sobre um modelo de gestão de pacientes crônicos. "O que estamos fazendo com esses pacientes em nível de prevenção da evolução da doença em seus estágios iniciais e na gestão dos tratamentos de alto custo? Precisamos fazer essa reflexão, pois a gestão de pacientes crônicos em uso de medicações imunobiológicas ainda é tratada de forma muito superficial", afirma.

De acordo com o médico, praticamente 100% dos pacientes que ingressam na terapia imunobiológica fazem o tratamento por tempo indeterminado, mas não há uma gestão disso. "Que paciente é esse? Ele fuma ou não? Qual o índice de massa corporal (IMC)? É diabético? Está aderindo ao tratamento? Qual o desfecho do tratamento? Todos esses aspectos estão diretamente ligados a custo-efetividade do tratamento proposto, impactando a sustentabilidade do setor", acrescenta.

Para o médico, é necessário criar um modelo de gestão "pré e pós início do uso de terapia imunobiológica", desenvolvida em parceria com os prestadores de serviços, seja no atendimento médico ambulatorial ou em centros de terapia assistida. "O conceito deve ser baseado principalmente na identificação de fatores de risco para doenças de pior prognóstico, respeito às etapas "pré imunobiológico", adesão, segurança e desfecho do tratamento proposto", finaliza.

Já para João Paulo, é necessário mudar algumas práticas na gestão de doenças crônicas: "A realização de um perfil epidemiológico da população, por exemplo, é fundamental para determinar a carga das doenças crônicas. Salvo poucas exceções, as operadoras de saúde não fazem isso".

Para o médico, as doenças crônicas têm um impacto muito relevante para a sustentabilidade do sistema, principalmente no caso das autogestões, que possuem o maior número de beneficiários idosos (25,9% contra 12% na média da saúde suplementar). "O maior desafio é identificar de que forma as operadoras podem contribuir para a redução do número de casos, apoiando o beneficiário na promoção da saúde e prevenção das complicações das doenças crônicas", acrescenta.

Sobre a UNIDAS

A UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde é uma entidade associativa sem fins lucrativos, representante das operadoras de autogestão do Brasil. A autogestão em saúde é o segmento da saúde suplementar em que a própria instituição é a responsável pela administração do plano de assistência à saúde oferecido aos seus empregados, servidores ou associados e respectivos dependentes. É administrado pela área de Recursos Humanos das empresas ou por meio de uma Fundação, Associação ou Caixa de Assistência – e não tem fins lucrativos. Atualmente, a UNIDAS congrega cerca de 120 operadoras de autogestão responsáveis por prestar assistência a quase 5 milhões de beneficiários, que correspondem a 11% do total de vidas do setor de saúde suplementar. É entidade acreditadora chancelada pelo QUALISS, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio do programa UNIPLUS.