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Hospital Santa Joana melhora performance com reorganização assistencial

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- Divulgação
Com uma visão mais ampla do negócio, instituição colhe resultados, entre eles, menores taxas de infecção

Um projeto totalmente voltado para os métodos de trabalho tem mudado, desde o início de 2013, a rotina do Hospital Santa Joana, em Recife (PE). No Melhores Práticas, cada unidade assistencial passou a ser vista de forma mais ampla, relacionando o desempenho com a estratégia da instituição.





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“Formamos internamente uma área de Planejamento e Gestão da Qualidade, com uma equipe contratada que detém essa metodologia. Funciona como um setor de inteligência para essa mudança de cultura. Para, além do assistencial, a gente ter uma visão mais ampla do negócio”, comenta a diretora-executiva do hospital, Juliana Maranhão.

Para a formatação deste modelo, foram selecionados indicadores que devem ser monitorados por cada área e seus respectivos gestores médicos, levando em consideração o impacto na qualidade e segurança da assistência, os custos institucionais, o prazo de entrega ou até o retorno dos investimentos. Para o acompanhamento, cada indicador leva um objetivo ou meta com prazo a ser atingido. E a administração desses dados, que antes era centralizada na alta gestão, agora tem um modelo mais sistematizado.

“É fundamental o apoio do primeiro nível da direção, as reuniões acabam sendo muito ricas. Nelas surgem demandas por novos indicadores, porque você acaba querendo buscar novas informações. Por outro lado, se eu tiver um indicador que está atingindo aquela meta o tempo inteiro, que virou uma rotina, somos obrigados a buscar um novo objetivo”, acrescenta Juliana.

Para acompanhar os resultados e trabalhar no fluxo de informações gerado, foi feita uma parceria com a Consultoria Falconi (antigo Instituto de Desenvolvimento Gerencial, INDG). No hospital, a área responsável é o Serviço de Arquivamento Médico e Estatístico (SAME).

“A gente percebia que os médicos assistenciais e os gerentes de área sabiam de tudo sobre a assistência, mas dominavam pouco a gestão da unidade. Mal sabiam, por exemplo, qual era a taxa de mortalidade ali”, explica a gerente médica do SAME, Erica Souza.

“Um exemplo: na terapia intensiva não tínhamos os scores de mortalidade, que é avaliar o risco de morte que o paciente tem de acordo com a patologia e a condição clínica de entrada. Então agora, no final do mês, a gente consegue medir que o risco de morte era de 30% e que a mortalidade foi de 15%, por exemplo. Dá para medir e saber que, se a mortalidade tivesse sido de 50%, a assistência não estava num bom nível”, conta.

Como resultado dessa alteração na forma de trabalho, o Santa Joana também já cita resultados como a redução das taxas de infecção e a melhoria de performance administrativa (como aumento da taxa de ocupação e redução do tempo médio de permanência) etc. Aliás, o Melhores Práticas não é um projeto datado, e sim um método implementado na rotina do hospital – o investimento não foi revelado em razão de um termo de confidencialidade.

“A rotina é sempre crescente. No começo era mais enxuto, e agora temos, por exemplo, a unidade de transplante trabalhando dessa forma. A ideia é que tudo que for agregado à área assistencial seja administrado com números”, finaliza Erica. 


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