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Especialistas discutem o papel do compliance e de processos transparentes durante a pandemia

Article-Especialistas discutem o papel do compliance e de processos transparentes durante a pandemia

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Como o setor de saúde está atuando e se adequando em um cenário que exige tomadas de decisão cada vez mais ágeis

A combinação perigosa de urgência e desconhecimento causada pela chegada da pandemia de coronavírus foi uma questão enfrentada por todos, mas principalmente por aqueles que estão na linha de frente de hospitais e demais centros de saúde nesse momento. E como minimizar os danos, que muitas vezes consistem na perda de vidas? Transparência e honestidade. Não há fórmula mágica, como mostraram os participantes do Anahp Ao Vivo da última quarta-feira (8), que teve como tema "Compliance e transparência na saúde em tempos de pandemia".

Mediada por Kamila Fogolin, diretora Jurídica e Compliance da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o debate reforçou a importância do setor de compliance na hora de aderir às adequações necessárias e às flexibilizações permitidas diante da velocidade com a qual o vírus se espalhava no Brasil.

Segundo Felicia Hauache, diretora Jurídica e Regulatório da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, foram mais de 300 normativos novos até o momento, sendo cerca de 120 deles de impacto direto para o hospital. A especialista conta que um dos maiores desafios foi e tem sido encontrar o equilíbrio para aplicação das concessões e facilidades, de maneira a preservar a integridade dos valores da instituição. "Para isso contamos com a ampliação de um comitê de crise já existente, com profissionais de comunicação, RH, diretoria médica, jurídico, entre outros, que, a partir de alinhamentos diários, garantiram tomadas de decisões conformes e transparentes aos 7 mil funcionários envolvidos".

Para aqueles que já contavam com investimentos em mecanismos de integridade, essas adaptações tendem a ser "menos difíceis", como apontou Carlos Magri, diretor presidente do Instituto Ethos. "Quem estava preparado pode experimentar a flexibilização de maneira mais segura, mas quem não o fez tem a oportunidade de entender a importância em preservar os valores da instituição e começar a investir em áreas especializadas". No mês passado, o Ethos lançou o Guia de Recomendações que busca apoiar e auxiliar as empresas nesse momento.

Walban Damasceno, corporate affairs detector da BD, concorda que o preparo prévio das empresas para questões de ética e integridade funcionou como uma bússola para o enfrentamento da pandemia, mas apontou a necessidade de transparência vinda dos órgãos públicos para que todos possam se situar da maneira mais adequada possível.

Outro argumento em comum durante o debate foi o que de que sempre haverá o dia de amanhã. Em algum momento a pandemia irá passar e a prestação de contas será uma realidade. Apesar da urgência necessária nesse momento, é preciso uma conscientização sobre como as atitudes individuais e coletivas reverberam não só no presente, mas também no futuro.

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