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Edwards Lifesciences: Vendas internacionais superam as domésticas

Article-Edwards Lifesciences: Vendas internacionais superam as domésticas

Com cenário apontado no balanço do 3o trimestre, empresa reforça atuação nos países emergentes, mesmo com dólar em alta

Irvine, Califórnia - A multinacional Edwards Lifesciences, especializada em válvulas cardíacas e monitoramento hemodinâmico, reportou, em seu balanço do terceiro trimestre de 2008, um volume maior de vendas internacionais do que em seu país natal, os Estados Unidos.

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De junho a setembro, as vendas internacionais foram de US$ 135,6 milhões no mercado interno e US$ 168 milhões no mercado externo.

A unidade Heart Valve Therapy (HVT) respondeu por US$ 148, 4 milhões do total, incluindo ganhos cambiais de US$ 5,4 milhões e US$ 13 milhões da válvula transcateter; Critical Care foi responsável por US$ 110,3 milhões das vendas, incluindo US$ 4,5 milhões de ganhos cambiais; Cardiac Surgery Systems contribuiu com US$ 21,4 milhões e, Vascular, com US$ 23,5 milhões.

No ano, os números acumulados são de US$ 410,8 milhões e US$ 517,2 milhões, respectivamente. "Este cenário traz um crescimento maior para a empresa como um todo, já que o mercado dos Estados Unidos está maduro e não cresce mais do que 10% ao ano e os emergentes apontam crescimento sempre acima de dois dígitos", explica o vice-presidente para América Latina, Fernando Jorio.

A receita líquida no período foi de US$ 32,9 milhões, ante US$ 29,1 milhões no ano anterior. A variação do dólar favoreceu a empresa no período: excluindo-se os ganhos cambiais, a receita líquida foi de US$ 27,6 milhões.

Agora, em tempos de forte oscilação cambial, a empresa conta com uma reserva para manter sua estratégia no mercado externo. "A determinação na América Latina é não repassar o custo para os clientes, mesmo com o impacto na margem de lucro. Acreditamos que esta oscilação é irreal, assim como a cotação anterior, que chegava a R$ 1,65, também não refletia a realidade. Nossa expectativa é que o dólar volte a se estabilizar e atinja um patamar entre R$ 1,90 e R$ 2", estima Jorio.

Mesmo com a crise nos mercados financeiros, a expectativa da companhia é de crescimento de 20% em 2008, se comparado ao ano anterior. No terceiro trimestre, o percentual foi de 16,1%.

Com capital aberto na New York Stock Exchange (NYSE - Bolsa de Valores de Nova York), a empresa também vem recomprando suas ações: neste terceiro trimestre, foram compradas 1,2 milhão de ações, ao valor de US$ 71 milhões de dólares.

O reinvestimento na empresa também passa por Pesquisa e Desenvolvimento: 11,6% do faturamento do terceiro trimestre foi destinado à área, totalizando US$ 35,1 milhões, ante US$ 30,9 milhões do mesmo período no ano anterior.

"Isto também é parte da nossa estratégia. Na América Latina, o lançamento de novos produtos ajudará a recuperar as perdas cambiais e a aumentar o market share. Em um ano, lançamos duas novas tecnologias, a válvula Magna mitral e aórtica e o Flotrac, para medir o volume de oxigênio. Também esperamos lançar, entre 2009 e 2010, a válvula transcateter, que já teve mais de duas mil vendas na Europa. Nos dois casos, há poucos concorrentes, dois ou três players, o que nos ajuda a ampliar o mercado rapidamente", avalia Jorio.

Os mercados que devem adotar mais rapidamente estas novas tecnologias na América Latina são Chile e Venezuela, embora o Brasil seja atraente pela possibilidade de um volume maior de negócios.

 

* Cylene Souza viajou a convite da Edwards Lifesciences

 

TAG: Hospital