A liderança feminina na saúde tem crescido significativamente nos últimos anos, refletindo uma maior participação das mulheres não apenas na medicina, mas também na gestão e estratégia das organizações do setor. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Colégio Brasileiro de Executivos de Saúde (CBEXs), 51% dos cargos de liderança na saúde são ocupados por mulheres. Entre essas profissionais está Cibele Vitarelli, diretora de Experiência do Paciente, Estratégia e Marketing do Grupo Orizonti, que se destaca por sua atuação na expansão da companhia e na valorização do papel feminino na gestão da saúde. 

Com 22 anos de dedicação ao grupo, Cibele começou sua trajetória ainda durante uma pós-graduação em marketing, quando realizou uma pesquisa para a, então, Oncomed BH, uma clínica oncológica de referência em Belo Horizonte e embrião do Grupo Orizonti. Seu desempenho e comprometimento a levaram a assumir a gestão da clínica, que cresceu expressivamente sob sua liderança, culminando na construção do Hospital Orizonti, inaugurado em 2020. 

Superando barreiras na liderança feminina 

Apesar do avanço na presença feminina em cargos estratégicos, ainda há muitos desafios que precisam ser superados. Para Cibele, é essencial que as mulheres não só ocupem posições de liderança, como também tenham voz ativa nas decisões. “As empresas precisam criar um ambiente onde as mulheres se sintam encorajadas a expressar suas opiniões e a defender suas ideias, sem medo de serem julgadas ou desvalorizadas”, afirma. 

Ela destaca que a chave para a consolidação feminina na gestão está na combinação entre conhecimento, competência e busca contínua por aprimoramento. “As mulheres precisam se posicionar através do conhecimento e da competência, mostrando o valor que trazem para a organização”, reforça. 

O desafio da pandemia 

Entre os maiores desafios enfrentados por Cibele ao longo de sua trajetória, a inauguração do Hospital Orizonti em plena pandemia da Covid-19 foi um dos momentos mais marcantes. “Tínhamos mais de 35 projetos em andamento e, de repente, tivemos que colocar todos para acontecer ao mesmo tempo e de forma online. Contratamos pessoas remotamente e precisávamos garantir que todos entendessem que um hospital é um organismo conectado, com fluxos e processos integrados”, relembra. 

Apesar dos desafios, a experiência trouxe um aprendizado valioso. “Foi muito enriquecedor sair da zona de conforto. Corrigimos rotas em tempo real, lidamos com o público e, no final, conseguimos entregar um projeto bem-sucedido”, acrescenta. 

Para Cibele, a liderança feminina traz um olhar sistêmico e humanizado essencial para a saúde. “A mulher tem essa escuta mais apurada, esse senso de humanização que acaba sendo fundamental na experiência do paciente”, afirma. No Grupo Orizonti, ela lidera uma equipe majoritariamente feminina e busca incentivar suas colaboradoras a crescerem e se consolidarem no mercado. 

Dica para quem quer seguir os mesmos passos

Aos que desejam seguir uma carreira executiva na saúde, Cibele deixa um conselho valioso: “Não tenham medo de inovar e de se adaptar às mudanças. O mercado da saúde está em constante evolução, e é preciso estar sempre aberto a novas ideias e formas de fazer as coisas”. Ela também reforça a importância do trabalho em equipe para superar desafios e conquistar o sucesso. 

Com uma trajetória marcada por desafios, inovação e uma liderança humanizada, Cibele Vitarelli é um exemplo de como a presença feminina na gestão da saúde não apenas cresce, mas também transforma o setor, tornando-o mais inclusivo e eficiente. 

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