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Fim da desigualdade salarial na saúde?

Article-Fim da desigualdade salarial na saúde?

mulheres na medicina
A questão da desigualdade salarial de gênero está sendo muito discutida nos últimos anos. Porém, muito pouco tem sido feito para mudar esse cenário, especialmente quando falamos em mulheres na medicina.

A questão da desigualdade salarial de gênero está sendo muito discutida nos últimos anos. Porém, muito pouco tem sido feito para mudar esse cenário, especialmente quando falamos em mulheres na medicina.

Em 2010, a Universidade de Melbourne divulgou uma pesquisa onde cruzava profissionais da área de saúde em relação a tempo de experiência, área de especialidade e horas trabalhadas. O resultado foi uma diferença de 16% entre o salário de homens e mulheres na medicina.

Depois de alguns anos, a situação ainda não mudou. Em 2015, a discrepância salarial entre homens e mulheres na medicina no Reino Unido era de 19.1%. No mesmo ano, o primeiro ministro britânico David Cameron implementou regras que visavam diminuir essa desigualdade salarial em todos os segmentos. Em seu discurso, ele dizia: ‘’Hoje eu estou anunciando um grande movimento: iremos fazer todas as grandes companhias com 250 empregados ou mais publicarem a diferença entre a base salarial entre mulheres e homens. Isso irá mostrar as discrepâncias e criar a pressão necessária para uma mudança’’.

Apesar do governo britânico dizer que está regulamentando a profissão de forma a impedir essa desigualdade, as mulheres na medicina do país dizem que a situação piorou depois da regulamentação.

O grande problema aconteceu um ano depois do discurso acima, quando David Cameron assinou um contrato chamado ‘’Junior Doctors’’ que piora a situação de profissionais que trabalham meio período, onde mulheres na medicina são a maioria.

Segundo o jornal The Guardian, ‘’o novo contrato é uma discriminação contra as mulheres, principalmente mães, a maioria na profissão.’’ A Medical Women´s Federation também mostrou sua indignação: ‘’As mudanças do contrato serão uma desvantagem para as mulheres na medicina, particularmente as que estão estudando ou são mães’’.

No Brasil, a situação das mulheres na medicina não é melhor. As médicas com menos de 30 anos já são a maioria na profissão. Isso quer dizer que, nos últimos 15 anos, houve um grande crescimento de mulheres nas faculdades de medicina.

“Desde 2010, no Brasil, as mulheres são maioria entre os novos registros de médicos e mesmo nos cursos de graduação de medicina, essa é uma tendência consistente’’, disse Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Apesar do aumento da presença, a remuneração das mulheres na medicina não acompanha a dos homens. Segundo uma pesquisa feita recentemente pela USP, 27% das mulheres na medicina estão recebendo a menor faixa salarial. O número para homens é de 14.1%. Recebendo os maiores pagamentos estão 20% dos homens e 4.4% das mulheres.

Estatísticas mostram que a desigualdade de gênero tem caído durante os anos. No entanto, esta diminuição tem sido lenta e irregular. Estima-se que, no ritmo que estamos, as diferenças serão resolvidas somente em 2095.

Atrair talentos, treina-los, retê-los e remunerar de acordo é um desafio enorme. No dia 28 de Setembro você pode se reunir a líderes de RH das maiores instituições de saúde do país para discutir esses assuntos. Clique aqui e saiba mais sobre o Simpósio de Gestão de Pessoas em Saúde.

Serviço:

Hospital Innovation Show

Datas: 27 e 28 de setembro

Local: São Paulo Expo

Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda