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Como criar programas de saúde que engajem colaboradores e melhorem os resultados da empresa

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Olhar para o bem-estar e saúde dos colaboradores se tornou um instrumento estratégico para as organizações. Ao perceber que a empresa destina uma atenção especial a eles, empregados se sentem mais motivados, adoecem menos e se engajam mais nas atividades e na cultura da empresa. São benefícios que resultam em maior produtividade, melhora do clima organizacional e diminuição da sinistralidade do plano de saúde empresarial.

A estruturação de programas internos nessa área também se tornou importante para atender a uma demanda crescente, sobretudo dos trabalhadores mais jovens — que hoje representam quase metade dos ocupados no Brasil, de acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. São pessoas que buscam cuidar cada vez mais de sua saúde para não adoecerem pela epidemia de doenças crônicas que hoje acomete amigos e parentes mais velhos. Hipertensão, diabetes e colesterol alto estão entre elas.

Nesse sentido, é importante que os departamentos de Recursos Humanos ou de Pessoas, cada vez mais criem estratégias para que isso aconteça. São ações simples, mas que têm como objetivo proporcionar um ambiente laboral agradável e aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores dentro e fora da empresa, contribuindo para criar uma cultura de bem-estar permanente.

No caso da Softplan, a empresa apostou em três pilares ao criar o seu programa:  físico, mental e emocional, do conceito de engajamento total. Também é recomendado montar um time interdisciplinar interno para o planejamento de ações, preferencialmente com ajuda da expertise de equipe técnica de operadora de saúde parceira.

O ideal é que todas as ações do programa sejam desenvolvidas baseadas nos riscos e demandas de saúde previamente mapeadas junto ao perfil epidemiológico do grupo em questão. Há ferramentas tecnológicas que podem auxiliar neste diagnóstico mais preciso, como o Dictas, que permite acompanhar a sinistralidade; identificar high users; mapear a cadeia de custos por grupos de serviços, prestadores e produtos; assim como identificar beneficiários com uso fora do padrão (outliers). A Softplan também utiliza insumos de dados de questionários auto referidos em saúde, realizados pela equipe de saúde e preenchidos pelos colaboradores. Além disso, também trabalha com o perfil de saúde já analisado pela Unimed Grande Florianópolis, que é parceira da empresa no desenvolvimento de seu programa interno,  juntamente com o departamento de Desenvolvimento Humano Organizacional da empresa. Desta forma, as ações são baseadas no perfil de saúde da população.

Com o planejamento estruturado, é preciso investir em uma série de comunicados que levem até os colaboradores informações sobre as ações propostas e seus benefícios, para que se sintam motivados a participar. Mas, ainda que as ações sejam bem estruturadas, o desafio é enorme. Há ainda uma parcela significativa de pessoas reativas e de comportamento danoso à sua saúde. Com estes, é necessário um trabalho de sensibilização, educação e persistência nos convites e comunicações, sempre com o cuidado de não ser inconveniente ou invasivo.

Exemplos que deram certo

Têm se demonstrado eficazes iniciativas que incentivem à alimentação saudável, como o Dia da Fruta, práticas físicas como  yoga e meditação, sessões de massagens, acolhimento psicológico e atendimento ambulatorial. As informações sobre datas e horários de cada atividade tendem a atingir um número maior de funcionários quando são concentradas em um hotsite e têm um endereço de e-mail à disposição para feedbacks e sugestões.

As práticas devem ser realizadas em diferentes momentos, mas sempre de forma contínua e com o objetivo de fomentar uma cultura em saúde — tanto para a empresa quanto para os colaboradores. As respostas costumam ser bastante positivas: incluem depoimentos de colaboradores que mudaram rotinas, adotando hábitos mais saudáveis de vida, com maiores cuidados com alimentação e uso de bicicleta para o deslocamento casa-trabalho. Também relatam que aulas de yoga e meditação ajudam a aumentar a concentração e o foco para a tomada de decisões mais assertivas em suas jornadas de trabalho.

E, não menos importante, é o crescimento do conhecimento em saúde tanto por parte da empresa quanto dos participantes do programa. É essa mudança cultural que resulta em impactos positivos na vida de todos. O desafio, agora, é desenvolver técnicas de organização e análise desses resultados, para a geração de indicadores amplos e complexos sobre o bem-estar dos trabalhadores e impactos positivos nas operações da empresa. Mas, este segundo passo, é só uma questão de tempo.

Sobre a autora

Renata Boschetto é coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Softplan