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Biossegurança nos consultórios odontológicos pós Covid-19

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Biossegurança nos consultórios odontológicos pós Covid-19

Controles rigorosos devem ser adotados para a segurança do profissional e do paciente

A Covid-19 mudou o mundo e a palavra Biossegurança tem surgido cada vez mais no vocabulário da população de um modo geral. Porém o termo já é conhecido, estudado e praticado pelos profissionais de saúde, inclusive dos dentistas, e que após a pandemia será ainda mais implementada e aprimorada, sendo fundamental para todos os ambientes e principalmente no atendimento odontológico que está passando por uma readequação inimaginável e extremamente necessária.

“É de responsabilidade do profissional de saúde adotar medidas de prevenção e controle de infecção para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microorganismos durante qualquer assistência realizada no consultório. Os profissionais de Odontologia, por exemplo, desempenham um papel crucial na prevenção da transmissão dessa infecção viral pois aerossóis e gotículas são os principais meios de propagação. Desta forma, o consultório odontológico deve ser um ambiente de grande controle e prevenção de infecções microbiológicas de maneira geral”, afirma Rosely Cordon, especialista em Gestão de Qualidade em Serviços de Saúde.

Segundo Cordon, o ambiente do atendimento odontológico carrega risco de infecção viral devido a procedimentos que envolvem comunicação face-a-face com pacientes e exposição frequente à saliva, sangue e outros fluidos corporais. Por isso diversos cuidados devem ser adotados no ambiente clínico, como dispor de máscaras cirúrgicas, álcool em gel, lenços descartáveis, pia e sabonete líquido na recepção da clínica para higienização de mãos e rosto, utilização de óculos protetor, máscara, luvas e aventais que devem ser trocados a cada paciente, entre outros. “Além disso, o ideal é espaçar uma consulta da outra para que os pacientes não fiquem na sala de espera e, caso haja esse encontro, que as cadeiras tenham distanciamento entre 1-2 metros”, alerta Cordon.

Outra medida necessária será utilizar alertas visuais, como cartazes, placas e pôsteres na entrada e locais estratégicos. “Precisamos fornecer instruções sobre a forma correta de como proceder na lavagem das mãos, ao tossir e espirrar, sobre evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, a não utilização de brincos, anéis, correntes, etc, tudo com o objetivo de reduzir ao máximo a transmissão”, afirma a especialista.

Tapetes desinfectantes bactericidas na porta da entrada da clínica, eliminar uso compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas, telefones e revistas, a limpeza e desinfecção diária das superfícies de ambientes utilizados pelos pacientes e equipamentos de produtos utilizados na assistência do paciente, utilização de filmes PVC nas cadeiras de atendimentos, bancadas e carrinhos de equipamentos, também são procedimentos da biossegurança.

“Os dentistas devem utilizar ainda, no atendimento, equipamentos individuais de proteção, como jaleco ou avental impermeável, touca, luvas e propé em polipropileno, máscaras cirúrgicas, respirador facial N95, óculos e protetores faciais”, explica Cordon.

Ainda de acordo com a especialista, o profissional de saúde deve orientar e explicar ao paciente como ele deve colaborar para prevenir a propagação de vírus e doenças contagiosas. “Devemos passar segurança para eles, afinal dentistas são profissionais treinados em sua formação acadêmica para trabalhar em ambientes de alto risco biológico. Além disso, temos que orientar cada um deles que, ao retornar para a casa, alguns cuidados devem ser tomados, como não tocar em nada sem antes higienizar com álcool 70% mãos, celular e óculos, retirar os sapatos e roupas, e tomar um banho lavando bem as mãos, punhos, pescoço e rosto”, afirma.

“A Covid-19 mudou nossas vidas definitivamente e vamos ter que nos adaptar as mudanças e as transformações mais profundas que devem moldar a nova realidade que vamos viver. O mundo mudou e aquele mundo (de antes do coronavírus) não existe mais, portanto temos que implementar os protocolos rígidos de biossegurança imediatamente”, finaliza Cordon.

Sobre Rosely Cordon

Membro do Centro de Excelência em Prótese e Implante da Faculdade de Odontologia da USP, Mestre em Laser pelo Instituto de Pesquisa Energéticas e Nucleares da USP, Diretora da Canes Quality Treinamentos Vivenciais, pesquisadora do projeto Mapas de Evidências sobre aplicação clínica das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde  e COVID19 - BIREME/OPAS/OMS e CABSIn, Pós-Graduada em Bases da Medicina Integrativa e especialista em Gestão de Qualidade de Serviços de Saúde, ambas pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.