A medicina veterinária é uma profissão de amor, dedicação e de muitos desafios.
Jornadas longas, alto nível de exigência e a necessidade de lidar com situações emocionalmente desgastantes fazem parte da rotina de muitos profissionais. Não por acaso, o burnout tem sido uma realidade cada vez mais presente nesse setor.
O que é burnout e por que os veterinários estão em risco?
O burnout é uma síndrome causada pelo estresse crônico no trabalho, levando à exaustão física e mental. Entre os veterinários, fatores como sobrecarga de trabalho, pressão emocional e falta de reconhecimento tornam essa condição ainda mais frequente.
Um estudo da American Veterinary Medical Association revelou que veterinários têm quase quatro vezes mais chances de cometer suicídio em comparação com a população geral.
No Brasil, a situação também preocupa: muitos profissionais enfrentam jornadas exaustivas e lidam com a difícil missão de equilibrar paixão pela profissão e bem-estar pessoal.
Sintomas de burnout: como identificar?
O primeiro passo para lidar com o burnout é reconhecer seus sinais. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Exaustão física e mental constante;
- Irritabilidade e alterações de humor;
- Dificuldade de concentração e para tomar decisões;
- Sentimento de desvalorização e frustração com a profissão;
- Problemas para dormir;
- Sintomas físicos, como dores de cabeça e musculares.
Se esses sinais aparecerem em alguém do seu time, é hora de acender o alerta.
Como prevenir o burnout na equipe veterinária?
A boa notícia é que existem formas de prevenir e lidar com o burnout, a fim de garantir uma rotina de trabalho mais saudável. Confira algumas dicas:
1. Estabeleça limites e respeite o descanso
Muitos veterinários trabalham mais de 50 horas semanais. É fundamental definir horários e turnos adequados, para que a excelência não seja prejudicada. Afinal, isso pode prejudicar a clínica.
A psicoterapia pode ser uma grande aliada para aprender a lidar com o estresse e desenvolver estratégias emocionais mais saudáveis. Incentive o seu time a procurar ajuda profissional, se for o caso.
3. Crie um ambiente de trabalho mais humano
Incentivar pausas, oferecer suporte emocional à equipe e promover um ambiente colaborativo faz toda a diferença no bem-estar dos profissionais.
4. Valorize o lazer e as relações pessoais
Momentos de desconexão do trabalho são fundamentais. Ter um hobby, praticar atividades físicas e passar tempo com amigos e família ajudam a restaurar a energia e podem ser hábitos incentivados pela gestão.
5. Participe de iniciativas de suporte
Programas de apoio psicológico para veterinários estão ganhando força. Muitas entidades e associações já oferecem redes de acolhimento para profissionais da área. Pesquise e conheça mais sobre quais podem oferecer esse auxílio aos seus profissionais.
Cuidar de quem cuida!
A saúde dos animais depende diretamente do bem-estar dos profissionais que se dedicam a eles. Por isso, falar sobre burnout na medicina veterinária e, sobretudo, evitá-lo, é essencial.