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SBF: Colaboração e empatia são fundamentais para o Design Thinking

Article-SBF: Colaboração e empatia são fundamentais para o Design Thinking

André Diniz
André Diniz, do DesignThinkers Group Brasil (Foto de Bruno Cavini)
André Diniz trouxe uma discussão sobre Design Thinking no Saúde Business Forum e mostrou que o processo de inovação centrada no paciente depende de empatia, criatividade e outros fatores.

“Eu não falhei, apenas encontrei 10 mil caminhos diferentes que não funcionaram”, disse Thomas Edison sobre o processo de criação da lâmpada elétrica incandescente. Com o case de Thomas, André Diniz iniciou seu discurso sobre Design Thinking no Saúde Business Forum e mostrou que o processo de inovação centrado no paciente depende de empatia, criatividade e outros fatores.

Para ele, o Design Thinking é um processamento mental, uma abordagem para inovação com foco no ser humano que combina o pensamento criativo ao de negócios,com o objetivo de gerar valor e prover soluções de longo prazo. Segundo a abordagem, três lentes devem ser utilizadas ao olhar para um problema: aquilo que as pessoas desejam e que é economicamente e tecnologicamente viável.

Já dentre as características imprescindíveis para que o produto final seja positivo nestas três lentes, temos alguns pontos que não podem ser ignorados durante o processo:

Colaboração: Perspectivas diferentes sobre um mesmo problema geram ideias e atitudes novas frente ao proposto.

Co-criação: Além da colaboração entre diferentes indivíduos, ter participação de diferentes áreas no processo gera um complemento importante na proposição de uma inovação.

Otimismo: os criadores precisam acreditar no produto. Em um processo de inovação, acreditar que aquilo vai, de fato, fazer a diferença, faz o criador vencer obstáculos difíceis e inerentes à jornada de criação.

Prototipação: Para André, construir o produto perfeito já na primeira vez não é o objetivo. "Você precisa construir algo básico para aquele conjunto de ideias e, a partir daí, aprender com ele."

Confiança criativa: Atualmente, vivemos em uma estrutura que molda e poda a criatividade. Para o Design Thinking, todo mundo é criativo e precisa lembrar e retomar este lado nos processos inovadores.

Ainda sobre criatividade, André trouxe a existência de dois processos criativos opostos: o convergente, onde a mente leva para a realização de escolhas e o divergente, relacionado à abertura de novas possibilidades para escolhas.

Learn by doing: Em vez de teorizar, conversar e imaginar, a proposta do Design Thinking é colocar a mão na massa e aprender com a prática.

Empatia: Muito mais que saber o que o outro pensa, é preciso haver uma conexão emocional entre as pessoas, um compartilhamento de experiências que a simpatia, por si só, não resolve. Para isso, adaptar a perspectiva para a visão do outro, escutar livre de julgamentos, reconhecer emoções e comunicar isso são passos importantes para sentir com as pessoas e não somente as pessoas. "É muito mais fácil ser simpático e mascarar uma realidade. Ser empático é difícil e requer que você sinta a dor que a outra está sentindo".

Para falar de empatia, André trouxe um vídeo sobre a diferença entre simpatia e empatia, algo que pode ser determinante na interação entre dois indivíduos:

Algumas histórias foram trazidas por Diniz, como, por exemplo, a do designer Doug Dietz, da GE Healthcare, que construiu uma ressonância magnética que o levou a ser indicado a um prêmio de design. Com a repercussão, ele decidiu ir a um hospital para ver a utilização do produto em uso e, ao chegar lá, encontrou crianças aterrorizadas com o uso daquela máquina.

Em nenhum momento, Doug havia pensado na experiência do usuário, no sentimento que ele teria ao utilizar o produto criado por ele. Ao perguntar para a enfermeira, ele obteve o dado de que 80% das crianças deveriam ser sedadas para realização do exame e outras muitas precisavam ter o exame remarcado.

Ele voltou para casa para tentar criar um produto melhor, fez um Design Thinking Boot Camp e, depois da experiência, percebeu que poderia criar uma coisa nova. O primeiro passo foi frequentar locais com crianças para entendê-las e, depois, criar um ambiente agradável para elas. Nesse momento, algumas pessoas da GE apoiaram, mas, em nenhum momento, ofereceram recursos financeiros.

Na foto abaixo, o produto final de Doug após a intervenção de Design Thinking:

Cozy_camp_system

Depois da apresentação, os executivos se juntaram para uma dinâmica prática de integração e inovação em um produto corriqueiro: uma entrega de presente.

O grupo presente teve 60 minutos de desenvolvimento e, no final, apresentou para a dupla o que criou:

Créditos: Bruno Cavini Créditos: Bruno Cavini

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