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Impressões da Conferência eSaúde e PEP

Article-Impressões da Conferência eSaúde e PEP

A conferência eSaúde e PEP, organizado pela SBIS - Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, ocorrido entre os dias 20 a 22 de Outubro de 2013, trouxe novidade, tendências e tutoriais sobre a Informática na Área de Saúde no Brasil.

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O evento contou com profissionais de diversas instituições como IBM, University of Wisconsin - Madison e OECD. Foram dadas diversos panoramas contemporâneos que foram desde Big Data na Saúde até a o projeto TIC Saúde em andamento, uma pesquisa que conta com o apoio da DataSUS que procura medir a utilização de sistemas eletrônicos pelos profissionais de saúde brasileiros.

Listamos aqui alguns dos pontos altos do evento:

Meaningful Use e seus avanços

A Márcia Ito, médica pela Unifesp e com graduação em TI pela Fatec,  apresentou uma visão geral sobre o Meaningful Use (MU) que é um dos pilares do famoso Obamacare, que a grosso modo quer ampliar o Medicare e Medicaid. Na realidade, o próprio presidente americano já declarou que atingirá uma  informatização de todos os dados do paciente, trazendo melhoria na qualidade do tratamento e redução de custos.

Atualmente, a captura de dados através de meios eletrônicos é relativamente fácil. No entanto, gerar conhecimentos que auxiliem na tomada de decisão e a ação são passos cruciais mas bastante desafiadores. Além disso, características peculiares da área da saúde como os sistemas fechados, dados fragmentados e ausência de interoperabilidade de diferentes sistemas retardam o progresso nesta área tão sensível para a sociedade. Frente a isso, estabeleceu-se o MU. Este preconiza o uso do EHR (electronic health record) – uma compilação de diversos dados de saúde do paciente - para melhorar a qualidade do tratamento e envolve-lo no próprio processo de cura, tudo de forma transparente, organizada e segura.

O MU se divide em 3 estágios com meta de prazo. O primeiro está previsto para estar alcançado esse ano e envolve a captura eletrônica dos dados de forma padronizada e iniciar a implementação de métricas de qualidade. Nos estágios conseguintes, foca-se em tópicos mais avançados como a interoperabilidade do sistema e o feedback e o engajamento dos pacientes no tratamento.

Como cada estado funciona de forma relativamente autônoma, cada uma possui um “Exchange” em que se congrega informações de diferentes clinicas cadastradas no Medicare ou Medicaid de forma segura e eficiente. Para o governo federal, este pode determinar a granularidade da informação que quer obter: se deseja muito ou pouco detalhe de um determinado assunto.

Os EUA move para alcançar o “objetivo triplo”, que é ter uma saúde “melhor, mais barata e mais rápida”. Apesar de todas as dificuldades que a mudança no sistema de saúde público dos EUA está sofrendo, existem várias iniciativas e políticas extremamente interessantes e relevantes que podem ser analisadas e eventualmente implementadas no Brasil. Paciente em primeiro lugar mas sem esquecer dos profissionais e das limitações financeiras, será que vamos conseguir?

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Big Data na Área de Saúde

O painel contou com o Professor Umberto Tachinardi da University of Wisconsin-Madison, nos EUA e o Professor Evandro Eduardo Seron Ruiz da FFCLRP-USP. Foi dado uma apresentação sobre a esruturação de dados que se tem no hospital universitário da University of Winsconsin-Madison e do Marshfield Clinic.

Ambas foram uma das pioneiras na adoção de sistema de prontuários e gravação eletrônica de dados do paciente e foi mostrados algumas especificações técnicas sobre o modelo adotado no estado de Winsconsin.

Chamou a atenção a iniciativa em trazer a farmacogenômica para o tratamento, isto é, utilizar o código genético do paciente para que identifique o melhor medicamento ou os efeitos colaterais do remédio. Desta forma, por exemplo, pôde se reduzir em mais de 15 mil dólares em complicações hemorrágicas decorrentes da  varfarina. A previsão de redução de custo para o sistema chega a 11 milhões de dólares somente no hospital universitário com apenas 3 medicamentos. Atualmente contamos com 200 interções farmacogenomicas registradas e percebe-se a necessidade e a dificuldade em trazer uma medicina personalizada.

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