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Highlights do evento da Financial Times (parte 2)

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No painel discutindo fusões e aquisições no setor, vários insights interessantes foram apresentadas

Continuando com a conferência da Financial Times de saúde e ciências da vida ocorreu no dia 29 de Novembro e contou com alguns dos players mais importante de saúde na América Latina, no painel discutindo fusões e aquisições no setor, vários insights interessantes foram apresentadas.

Carlos Marinelli, CEO do grupo Fleury, comentou que o setor de diagnósticos é ainda fragmentado no país e que a tendência de consolidação continuará. Além disso, ressalta a importância de entender e respeitar as culturas locais em todos os âmbito como dos pacientes, médicos e outros profissionais de saúde e gestores. Asserção esta que todos os panelistas corroboraram. Um destes panelistas foi o Luis Natel, CEO do grupo Oncoclínicas ressalta o compromisso com a qualidade clínica e profissional do grupo, trazendo discussões clínicas com o hospital oncológico associado à Harvard. Ele comenta também do programa desenvolvimento de carreira médica dentro da sua instituição, incluindo com remuneração variável e participação societária.

Henrique Neves, diretor geral da Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira Albert Einstein falou sobre Value Based Care, ou cuidado baseado em valores, como um modelo com melhor sustentabilidade para o sistema de saúde. Ele comenta também que o Value Based Care necessitará de 6 pilares: educação em saúde, prevenção, adequação dos recursos e gestão da capacidade, melhoria da qualidade da informação e microgestão de processos. Além disso, comentou sobre Instituto Coalizão Saúde (ICOS), que pretende contribuir para o debate e busca de novos avanços na área. Alguns pontos que o ICOS defende são: o fortalecimento da atenção primária, promoção e educação em saúde da população e iniciar discussões sobre diferentes modelos de pagamento. Para Gonzalo Vecina Neto, professor de saúde pública da USP, para o Value Based Care, é importante a transformação do paciente em um agente ativo e a equalização do conhecimento de médico e paciente. Além disso, Vecina ressalta a necessidade de abarcar o valor da universalidade, valor este conquistado pela democracia. Neste mesmo painel, Marcos Hume, diretor da Medtronic, comentou sobre um projeto bastante interessante no campo de diabetes mellitus tipo 1. Através mensuração de glicemia, ou glicose no sangue, e a bomba de insulina, é possível analisar e coletar dados incluindo de evolução clínica: caso não atinja um certo patamar, a Medtronic não recebe.

Para Jacson Barros, CIO da HC-FMUSP, não há risco da saúde digital "deixar alguns para trás". De acordo com ele tal como ocorreu com TV e internet, a tecnologia estará disponível para todos. Engenheiro de formação, faz parte do conselho do CFM e comentou também da falta de confiança que existe no setor de saúde citando o exemplo de instituições não confiarem no laudo de terceiros. Neste painel de "enigmas digitais", Bruno Lagoeiro, CEO da PEBMED, o qual no seu portfólio tem o Whitebook com mais de 200.000 usuários, ressaltou a importância do CFM em entender o cenário de saúde digital atual e trabalhar em conjunto para poder impactar mais pessoas. Lagoeiro, que também é presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) comentou sobre importância da saúde digital para melhoria da saúde nacional.

A conferência foi fantástica, ótimo conteúdo e pessoas. A Financial Times indicou que gostaria de realizar mais eventos no Brasil, e é excelente espaço para networking e aprendizado. Setor público e privado foram bem representados e, tenho que dizer, a comida estava fantástica. Que tal participar da próxima?