Como tornar a inovação acessível a todos os hospitais filantrópicos do país? Quais os entraves para a adoção de novas tecnologias? E qual o papel das Santas Casas na formação médica?
Essas foram algumas das reflexões trazidas por Mário César Homsi Bernardes, superintendente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil (CMB), durante sua participação no Podcast Saúde Business, gravado no Congresso da Fehosp.
Na conversa, Bernardes comentou os desafios que ainda limitam a implementação de soluções inovadoras no setor, como barreiras culturais, escalabilidade e sustentabilidade financeira das instituições. Também explorou potencial de tecnologias como inteligência artificial e realidade virtual na capacitação médica — e o que ainda precisa ser feito para que cheguem à maioria dos hospitais do país.
Segundo o superintendente, enquanto grandes hospitais já experimentam soluções como realidade virtual e inteligência artificial na capacitação médica, a maioria das instituições filantrópicas precisa de apoio para viabilizar essas inovações. “A gente promove, enquanto confederação, uma aproximação da indústria e dos detentores dessas tecnologias pra fazer dos nossos hospitais um laboratório em favor do paciente”, disse.
Bernardes também destacou a sustentabilidade operacional como um dos principais desafios. Em muitos casos, o volume de atendimentos não justifica a manutenção de estruturas completas, como nas unidades obstétricas. “Uma estrutura dessa pra fazer 95 partos por mês não se sustenta”, disse.
Para ele, a escalabilidade é o caminho para democratizar o acesso à inovação. “Se a gente conseguir tornar essas tecnologias escaláveis, a gente consegue gerar impacto real”, concluiu.
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