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Uma nova era para inovação em saúde

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A faculdade de medicina é uma entidade à parte no ensino superior brasileiro, pois excede o valor social de uma graduação.

A faculdade de medicina é uma entidade à parte no ensino superior brasileiro, pois excede o valor social de uma graduação, transformando-se em um voucher para conquistar um estilo de vida. Almejada por muitos, figura no imaginário popular como caminho para a estabilidade, riqueza, status e sucesso, ambições essas que muitas vezes limitam-se ao plano pessoal em detrimento da percepção de que podem ser estendidas sem prejuízo aos pares a toda uma sociedade.

Em tempo, tendo percorrido seis semestres da minha graduação em medicina, pude notar, despertando em uma epifania, com a ajuda de um amigo de visão ampla e empreendedora, que tenho a minha frente um vasto território quase não explorado. Essa afirmação pode parecer paradoxal quando vislumbramos os avanços tecnológicos e científicos que endossam as grandes promessas para os cuidados em saúde. Entretanto, a mina de ouro está na essência do que move as ações em medicina. Está na busca pelo valor.

Pois bem. Trato aqui de uma área de atuação que abrange o interesse primordial de todo ser humano: a vida. Logo, é uma temática complexa, que envolve aspectos pessoais e sociais. As escolas médicas propagam um Padrão Ouro de educação que conduz o estudante a auto-referenciar os benefícios de sua formação, tendendo a ignorar ou restringir a potencialidade de modificações em larga escala que tem em mãos. O modus operandi do ensino médico muitas vezes é unilateralista ou limitante, impedindo que olhares sejam voltados à busca do que realmente falta para destravar as engrenagens dos sistemas e das práticas em saúde.

Dessa forma, quando o foco da atividade médica se volta para sua real essência de identificar e solucionar problemas em benefício do próximo, vemos a necessidade de inovar, empreender e injetar energia para sair da “zona de conforto” induzida pelo senso comum. Sobre ela, tenho a dizer que não somos apenas médicos e a nossa profissão não nos define integralmente enquanto pessoas, mas sim enquanto potenciais modificadores de um conjunto de valores já consagrados, porém nada eficientes. Cuidar é nossa vocação e nossa tecnologia. Pivotar, criar e modificar são as estratégias para elevar os cuidados em saúde a um patamar de satisfação de longo alcance.

Diante dessa conjectura, temos a nossa frente uma nova era para inovar na busca pela medicina de excelência baseada no valor, através da qual cada profissional em seu campo de atuação desperta olhares para identificação dos gargalos que representam entraves no dia-a-dia. Nesse sentido, a multidisciplinaridade extrapola as diversas profissões relacionadas à saúde, integrando à solução de problemas, por exemplo, a expertise da tecnologia digital, o know-how do Business Intelligence, atualizações em políticas de gestão em saúde entre tantas outras esferas do conhecimento, que modificam o nosso tradicional modelo “esquizoide e egoísta” de trabalhar. O workflow é vital para encaixar adequadamente todas as peças desse quebra-cabeças, resguardando a execução perfeita de estratégias prospectivas.

Há, então um vasto território a ser explorado no sentido de empreender ações inovadoras que promovam a valorização da prestação de serviços e agreguem um novo conjunto de valores aos cuidados médicos, que permitam a gestão eficiente das práticas em saúde, assegurem a performance individual voltada para o cuidar em seu grau máximo de excelência, e, acima de tudo, gere a cultura de ambicionar estabilidade, riqueza, status e sucesso globalmente.