faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Startup unicórnio: saiba o que é e como criar uma

Article-Startup unicórnio: saiba o que é e como criar uma

georgia

Menos de 10 anos atrás, os jovens pensavam em ser médicos, advogados e engenheiros. Trabalhar e ter uma vida estável e confortável. Hoje, esse conceito vem mudando drasticamente. Além de visarem novas profissões, muitas com viés mais tecnológicos, esses jovens também desejam trabalhar em empresas com propósito, ter qualidade de vida e causar impacto no mundo. Alguns frutos da palavra “impacto” podem ser sentidos em nosso dia a dia. Bancos estão dentro de aplicativos e a entrega de alimentos deixou de ser exclusividade de alguns comerciantes.

Essa verdadeira revolução vem sendo causada por um tipo especial de empresa: as startups unicórnios. Hoje, vamos falar um pouco sobre como elas são classificadas e até sobre o que elas mais têm em comum. Assim, quem sabe não podemos ajudar você a ser o próximo grande fundador da década? Continue a leitura e entenda mais sobre a startup unicórnio!

O que é uma startup unicórnio?

Se formos didáticos e simplificarmos, unicórnio é um apelido dado a empresas avaliadas em mais de um bilhão de dólares. O termo veio da indústria de capital de risco – conhecida como Venture Capital, e serve para designar que uma empresa iniciante e inovadora (startup) e de capital fechado (não tem oferta pública em bolsa) tem uma avaliação de mercado superior a um bilhão de dólares.

A primeira a utilizar esta expressão foi a investidora americana Aileen Lee. Em seu artigo intitulado Welcome to the unicorn club: learning from billion-dollar startups (“Bem-vindo ao clube dos unicórnios: aprendendo com as startups de um bilhão de dólares”, em português), o artigo esmiúça alguns pontos em comum entre companhias bilionárias e cita a avaliação de mercado de mais de 100 bilhões de dólares do Facebook como um marco na indústria.

Apesar de extremamente difícil, os negócios que têm esse valuation não são mais tão raros assim. Apenas no início de 2020, pelo menos 452 novos empreendimentos já faziam parte do seleto clube de unicórnios. E já que o número aumentou, o que acha de conhecermos algumas características comuns entre eles?

Como se forma um unicórnio?

Os fatores responsáveis por fazerem com que uma empresa obtenha uma avaliação de capital de mais de um bilhão de dólares variam bastante. Mas, após analisar 831 instituições, a consultoria Bunch.ai realizou uma pesquisa e apontou 3 pontos principais. Veja!

 1.Não abrem mão do compromisso com seus princípios

Empresas cujos funcionários demonstraram um elevado foco nos princípios tinham 44% a mais de chances de terem um histórico de sucesso. Isso implica que os funcionários estavam dispostos a “(…) fazer a coisa certa, mesmo que isso nos custe o sucesso a curto prazo”. Ou seja, para elas é possível crescer sem abrir mão da integridade.

A brasileira Nubank sempre pretendeu deixar claro o seu propósito e lista valores aos funcionários desde o princípio. Na fase de planejamento, os fundadores da empresa puseram todas as informações que consideravam essenciais sobre sua cultura em um pequeno quadro branco. O quadro está inalterado até hoje. Ou seja, os valores ainda são os mesmos

2.Não se perdem nos detalhes

A pesquisa aponta que negócios excessivamente focados nos detalhes têm 21% mais chances de falhar. Startups têm de ser competitivas para preencher determinadas lacunas no mercado. Isso vai totalmente contra o instinto da maioria de entregar um produto inicial perfeito.

Aqui, o “antes feito que perfeito” opera, mas não significa a entrega e manutenção um produto mal acabado. O objetivo é melhorá-lo de acordo com o feedback dos usuários. O uso de metodologias ágeis contribui bastante para o sucesso na etapa de desenvolvimento.

3.Foco no crescimento e redução do risco de falha

As empresas que foram orientadas a resultados tiveram 15% a mais de chances de se tornarem extremamente valiosas e 20% menos chances de fecharem as portas. Assim, a pesquisa pode nos levar a concluir que uma combinação de cultura, valores e princípios com foco nos resultados podem ser os fatores essencialmente comuns entre os unicórnios — ao menos estatisticamente.

4.Quais são os exemplos brasileiros?

E para quem acha que é difícil empreender no Brasil, imagine se tornar uma empresa de um bilhão de dólares? Sim, é possível e temos alguns exemplos totalmente brasileiros. Alguns deles são:

99. Concorrente direto no Uber no Brasil, a empresa figurou na lista ao receber um aporte de 1 bilhão de dólares da plataforma chinesa Didi Chuxing em 2018;

Nubank. A queridinha das fintechs brasileiras atingiu o seu primeiro bilhão em capitalização em 2018. Hoje vale mais de 4 bilhões de dólares;

ifood. A gigante de entregas de alimentos recebeu uma rodada de investimentos de 500 milhões de dólares e passou a figurar na lista;

Loft. Com um aporte realizado em 2020, a empresa de compra e venda de imóveis elevou a sua avaliação de mercado em mais de US$ 1 bilhão.

Como nós podemos notar nas empresas listadas, todas têm menos de 10 anos e são de base tecnológica. Esse fator faz com que o custo e esforço iniciais para a implementação de seus projetos sejam baixíssimos. Assim, as ideias, modificações e decisões estratégicas podem ser tomadas de forma extremamente veloz.

E com um mundo cada vez mais conectado, novas startups unicórnios surgirão com muito mais frequência. Hoje, se fala até em decacórnios — empresas que valem mais de 10 bilhões de dólares no mercado. Interessante, não? Então, que tal compartilhar este artigo com seus colegas e prever qual será o próximo unicórnio brasileiro?

Georgia Roncon

Empresária e empreendedora com mais de 13 anos de experiência em gerenciamento comercial, marketing, desenvolvimento de equipes, criação de produtos e implementação de cultura organizacional e inovação, atualmente é Co- Founder do ECQ Lifelong Learning. É formada em Letras Inglês e possui MBA em Gestão Empresarial e Marketing pela FGV. Apaixonada por educação, marketing e tecnologias é  co- fundadora da AGE GROUP, que atua em seguimentos como:  Turismo, Investimentos e com Educação em Inovação e Tecnologia com o ECQ Lifelong Learning, que opera tanto no Brasil e nos EUA.