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Por que as startups morrem?

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Estudo da Fundação Dom Cabral mostra porque as startups brasileiras morrem, qual a média de tempo de existência delas e outros dados interessantes para novos empreendedores.

Citamos, na semana passada, um estudo da Fundação Dom Cabral, para explicar um pouco como é o ecossistema para novos empreendedores no Brasil. Mas resolvi trazer com profundidade o estudo para que entendamos as causas da morte de startups no país. O estudo feito pela FDC investiga as características das startups entrevistadas partindo da análise do empreendedor e das características das empresas investigadas e do ambiente de negócios, no momento da criação destas startups.

As empresas foram avaliadas quanto a diversas variáveis. Elas foram divididas de acordo com as categorias citadas anteriormente e correspondem aos antigos e novos empreendedores e ao negócio. Referente ao empreendedor, temos nível de escolaridade, histórico empreendedor na família, capacitação/experiência em gestão, sintonia entre os sócios, capital social e outros. Já quanto ao negócio, podemos ver o número de sócios envolvidos, qualificação da equipe de trabalho, facilidade de produção, volume do capital investido e outros aspectos.

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Segundo o estudo, 25% das startups morrem antes do primeiro ano de vida e a metade delas em menos de 4 anos. Três fatores podem explicar essa alta taxa descontinuidade das empresas. Eles são:

Número de sócios: A primeira ideia era de que, se a startup tivesse mais de um sócio, a credibilidade com o cliente seria maior e a experiência dos dois poderia agregar mais ao negócio. O resultado, no entanto, mostrou o contrário. A cada sócio a mais em período integral na empresa, a chance de descontinuidade aumenta em 1,24x. Quanto mais fundadores à frente da startup, maiores as chances dela morrer.

Volume de capital investido: A primeira ideia era de que, se um negócio for financiado com alto volume de capital antes do início das vendas, a chance dele morrer é maior. Os dados mostram que, independentemente da fonte do capital investido, quando a empresa possui, antes de sua primeira venda, capital suficiente para manter seus custos operacionais pelo período de 2 meses a 1 ano, suas chances de descontinuidade são significativamente maiores.

Local de instalação: Quando a empresa está localizada em uma aceleradora, incubadora ou parque tecnológico, a chance de ser descontinuada é 3,45 vezes menor em relação às startups com instalação em escritório próprio.

“Startups inseridas em incubadoras, aceleradoras ou parques tecnológicos têm mais chances de sobreviver, pois oferecem o tempo necessário para que as empresas alavanquem seus negócios sem ter os custos de um espaço próprio, além de contribuir com incentivos educacionais, financeiros e de relacionamento”, destaca Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral.

Abaixo segue um quadro com as impressões dos empreendedores sobre as startups que foram analisadas:

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