Universidade e aceleradora iniciam estudo científico para mapear estado da saúde mental de empreendedores durante período de pandemia do coronavírus
Após quase três meses desde o início da quarentena, como medida de contenção do novo coronavírus no Brasil, milhões de pessoas sentem o impacto da crise sanitária que assombra o mundo e que também tem consequências negativas na economia. Neste cenário, muitos empreendedores precisam parar suas atividades e os que conseguiram continuar tiveram que adaptar o seu modelo de operação e atendimento.
Com uma queda do PIB de 1,5% no primeiro trimestre, indicador que revela os resultados relativos à atividade econômica no país, a ansiedade e o medo tomam conta do cotidiano dos brasileiros, mas, principalmente, dos empreendedores que foram afetados diretamente pela crise.
Para entender melhor este momento e identificar as angústias desse grupo, a Troposlab, empresa especializada em inovação, em parceria com o "Programa de Pós-Graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento", da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lançou uma pesquisa nacional para monitorar o estado de saúde mental dos empreendedores. O estudo científico é aberto a todos os empreendedores do país que se sentiram afetados pela pandemia, não só no aspecto econômico, mas também no sentido psicológico.
Recentemente, a UFMG realizou uma pesquisa para acompanhar a saúde mental dos brasileiros no geral, em parceria com o Ministério da Saúde. Entre os dados extraídos da pesquisa, que trazem perspectivas sobre os sintomas do isolamento social, somados à crise global, os brasileiros entrevistados relataram ter tido maior dificuldade para dormir, sentimentos depressivos, falta de apetite, alimentação desregulada, fadiga, entre outros. Supondo que estes sinais podem ser mais fortes em pessoas que têm empresas e negócios sob sua responsabilidade, é que a pesquisa foi lançada.
"Este período requer um olhar mais sensível e humano sobre o universo de empreendedores no Brasil e suas angústias. Além disso, com esta iniciativa, reforçamos a necessidade de fomento à ciência, que se mostra tão necessária no momento atual. Com os dados, será possível pensar em alternativas e estratégias que minimizem estes impactos no ecossistema brasileiro", explica a Diretora de Times de Cultura da Troposlab, Marina Mendonça.
A pesquisa dura em média 15 minutos e é feita de forma online, com perguntas de múltipla escolha. Quem participar, vai receber uma mensagem individual com feedback e encaminhamentos necessários para acompanhamento profissional apropriado, além de um relatório com os principais resultados.
Para participar da pesquisa, basta acessar o link.
