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Você confiaria em um app para contracepção?

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Para algumas mulheres, o uso de pílulas anticoncepcionais não afeta em quase nada o metabolismo.

Para algumas mulheres, o uso de pílulas anticoncepcionais não afeta em quase nada o metabolismo  e podem ainda ter efeitos positivos, como melhoria da aparência da pele, mas, para muitas, o uso da pílula se transforma em uma combinação hormonal que diminui a libido, traz mudanças de humor e tem efeitos colaterais desagradáveis.

Um novo aplicativo de mHealth, criado por um casal suíço que procurava um método anticoncepcional para consumo próprio que fosse mais natural. O app, então, utiliza a temperatura corporal da mulher para predizer os dias em que ela se encontra mais fértil. Nestes dias, o aplicativo aconselha o casal a usar preservativo para reduzir o risco de gravidez.

Uma pesquisa realizada pela equipe encontrou que 63% das mulheres sabem muito pouco sobre suas pílulas anticoncepcionais e muito do que elas sabem está incorreto. Dentre estas, quase 40% disseram não estar satisfeitas com seus métodos anticoncepcionais atuais. Também em pesquisa interna, foi visto que ao trocar a pílula pelo aplicativo, 75% das mulheres se tornaram mais felizes.

300 mil dias já foram controlados pelo aplicativo de mHealth e, segundo a empresa, nenhuma gravidez indesejada ocorreu. Para isso, eles utilizaram um time de PhD em física para desenvolver algoritmos que previnam e planejam a gravidez.

A co-fundadora, Dr. Elina Berglund trabalhava no CERN e foi uma das pesquisadoras que descobriu o Higgs Boson, levando o time ao Prêmio Nobel de 2013. Após descobrir um computador com funcionalidades parecidas, ela decidiu criar seu próprio algoritmo e construiu o aplicativo. Depois de seis meses, seu marido, Dr. Raoul Scherwitzl, a convenceu a disponibilizar o aplicativo para outras mulheres, levando o casal a largar seus empregos e passarem a comandar a nova empresa.

O casal agora tem uma filha e, por dois anos, utilizou o aplicativo para prevenir a gravidez. Quando decidiram ter um filho, passaram a usá-lo para a concepção.

Segundo Dr. Scherwitzl, eles queriam usar o acesso ubíquo à saúde, por meio da mHealth, para melhorar a habilidade da mulher controlar sua fertilidade com 99,9% de acurácia. “O futuro do controle de natalidade está em conhecer o seu corpo e não alterá-lo com fórmulas hormonais. Estamos empolgados por começar esta iniciativa.”

O modelo de negócio da empresa é através de uma assinatura anual de 45 libras com um termômetro incluído.

Ainda há estudos a serem realizados e, enquanto isso, muitos especialistas ainda tratam do assunto com cuidado. “A confiabilidade e efetividade da empresa em evitar a gravidez é desconhecida.”, a FPA (Associação de Planejamento Familiar). Enquanto isso, a Faculdade de Saúde Sexual e Reprodutiva da Royal College alerta contra a ideia de que a fertilidade é simples, branco no preto.