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Médico no Papel de Empreendedor

Article-Médico no Papel de Empreendedor

Médico empreendedor
Em relação a medicina e o empreendedorismo existe um grande paradigma a ser quebrado: quem nunca ouviu falar que os médicos são péssimos empresários e que deveriam cuidar apenas de seus pacientes?

A falência do modelo de saúde assistencial associada a um crescente acesso a tecnologia criam um ambiente propício a inovações e, ninguém melhor do que aqueles que conhecem profundamente a área para desenvolver soluções e adaptar tecnologias.

Como em todas as áreas, nem todos que tem formação acadêmica possuem espírito empreendedor. Uma pequena porcentagem dos médicos têm esta mentalidade e dentro deles alguns são os inovadores. No entanto, estes possuem a visão de modificar o mundo devido a consolidação de competências.

Todo o processo de formação profissional na graduação e aperfeiçoamento é baseado na elaboração do julgamento clínico crítico, seja pela leitura de artigos científicos ou pela experiência em diagnósticos e tratamentos. Segundo Clayton Christensen as competências essenciais de inovador são: questionar, associar, conectar, experimentar e observar. Os médicos fazem isso todos os dias, dia após dia. Nem sempre estas ações tem sucesso mas sempre tem a finalidade de resolver ou aliviar um problema.

Os médicos estão acostumados a lidar com incertezas.

Apesar do acesso cada vez mais facilitado ao conhecimento, em diversas situações a tomada de decisão é baseada em informações incompletas ou inconsistentes. A sua capacidade de reconhecer padrões ou estabelecer correlações é fundamental, assim como para um empreendedor de sucesso.

O princípio básico da prática médica foi estabelecido por Hipócrates “primum non nocere”, que pode ser traduzido como acima de tudo, não faça o mal. Este linha de atuação visa primariamente a proteção do paciente mas também do profissional e da instituição. A gestão responsável implica primeiramente na sustentabilidade da empresa e seu patrimônio intelectual. Somente em um segundo momento a escalabilidade é possível.

Os médicos têm grande acesso a seus clientes, seus familiares, além do ambiente onde eles se inserem. Existem variáveis que não podemos modificar porém o seu entendimento é fundamental. De nada adianta receitar o melhor remédio quando o paciente não tem condições para adquiri-lo portanto, a tomada de decisão deve sempre ser focada no cliente, do mercado, seu micro e macro-ambiente.

É responsabilidade do médico interromper um procedimento que não funciona ou está prejudicando o paciente. Saber dizer não é uma das atitudes mais difíceis para qualquer profissional ou empreendedor.

Portanto os médicos estão tecnicamente preparados para atuar como empreendedores e/ou investidores. Como em todas as áreas, alguns vislumbram estas oportunidade com mais facilidade. O fato é que o conhecimento do mercado e expertise na atividade-fim são fundamentais para o sucesso.

Doutor, o ecossistema empreendedor está a sua espera.

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