Ao construir uma empresa, muitas pessoas pensam naquele produto inicial como o grande motor financeiro do negócio. No entanto, em muitos casos, o seu produto só será uma frente para a construção de uma rede de informações que podem valer muito. Pensando nisso, algumas startups e grandes empresas estão tomando mais cuidado com o armazenamento e a análise de dados, vendo o big data como uma grande oportunidade de negócio.
O Facebook, por exemplo, é uma das grandes máquinas de informação e faz uso dela para seus produtos e parcerias. O Google, o Foursquare e muitas outras empresas estão fazendo uso dessas informações. Em 2011, a McKinsey disse que esta era uma indústria de $300 bilhões, o que, certamente, já cresceu desde então.
Já na saúde, podemos ter o exemplo da 23andMe e de algumas outras iniciativas de genética. Segundo o co-fundador da Gene Adviser, o governo britânico tem uma base de dados pública para pesquisa, fomentando a área.
Recentemente, a 23andMe anunciou que está se juntando à Genentech para identificar novos tratamentos para a doença de Parkinson. A empresa recebeu um pagamento de cerca de $10 milhões com $50 milhões adicionais em pagamentos relacionados da companhia de biotecnologia em troca por acesso a sua base de dados genéticos.
Esta entrada de dinheiro e a promessa de outros acordos lucrativos aparece em um momento em que a 23andMe está pivotando o negócio, após ter tido problemas com o FDA e ter precisado pensar em outras modalidades e outros produtos.
A parceria vai se beneficiar dos dados de cerca de 800.000 indivíduos desde sua fundação, dentre os quais 600.000 aceitaram divulgar os dados para pesquisas. Isso significa uma base de dados com informações valiosas sobre diversas doenças e condições.
Por enquanto, as duas empresas vão trabalhar juntas para gerar um sequenciamento genético com dados das 3000 amostras de pacientes com Parkinson, com o objetivo de identificar tratamentos inovadores para a doença, mas a ideia é a evolução dos trabalhos para outras vertentes.
