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Edson Bueno: Empreendedor de Saúde do Ano 2010 !!!

Article-Edson Bueno: Empreendedor de Saúde do Ano 2010 !!!

Caros,

Qual foi o empreendedor de saúde que mais se destacou em 2010? De acordo com a revista Isto É Dinheiro, este título foi merecidamente para Edson Bueno, fundador e maior acionista do Grupo Amil.

A trajetória de Edson é impressionante, porque este não começou como operador de plano de saúde, mas sim como dono de uma clínica falida em Duque de Caxias. Como ele comprou esta clínica?Comprei minha primeira clínica como pobre compra as coisas, fazendo dívidadiz ele. Ao assumir a Casa de Saúde São José , este descobriu graves problemas de gestão financeira. “Os fornecedores cobravam caro e os clientes não pagavam, por isso a clínica vivia no vermelho.”Ele cortou os custo, pagou as dívidas e aumentou o número de atendimentos; logo os resultados começaram a aparecer. Esta clínica foi o embrião da Amil. Este receituário também foi aplicado na Medial.”Cerca de 200mil conveniados não eram rentáveis, então seus planos foram descontinuados.”Além disso, os planos da Medial foram reajustados em

média 18,5%, o que compensou a perda de clientela. Com tais medidas,  o faturamento do Grupo Amil nos nove primeiros meses de 2010 subiu de R$3,5 bilhões para R$5,7 bilhões e a geração de caixa avançou 58,3% para R$434 milhões.

Vídeo excelente com Edson Bueno anunciando aos colaborades AMIL  a  compra da Medial e as perspectivas futuras!

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Outro negócio impressionante realizado por Bueno foi a transação em que este vendeu a MD1, empresa de medicina diagnóstica, para a DASA, por meio de uma troca de ações. Com isso, Bueno manteve-se como maior acionista individual da Amil com 63% do capital e passou a ser também o maior acionista individual da DASA, com 26% do capital. O Mercado recebeu bem estes dois negócios e as ações da holding Amilpar subiram 35% entre janeiro e novembro deste ano.

Como bom empreendedor, diz que “tomou um susto” quando viu que a Bradesco havia comprado a empresa de planos odontológicos Odontoprev. “Os planos odontológicos são os que têm mais potencial de crescimento por causa do aumento da renda, especialmente para a classe C.”A unificação da Amil e da Amil vai permitir o aumento de vendas cruzadas. Isso garantirá o nosso crescimento nos próximos dez anos.”

Vídeo: confira entrevista  com Edson Bueno para Isto É Dinheiro ( http://bit.ly/hfBYY7 )

Um ótimo 2011 !!!

Fernando Cembranelli

Equipe Empreender Saúde

Fonte: Isto É Dinheiro, Edição 689

Nº EDIÇÃO: 689 | Empreendedor do ano 2010 | 15.DEZ - 22:00 | Atualizado em 20.12 - 12:41

Edson Bueno

Nascido em uma família pobre no interior paulista, o médico fundador da Amil tornou-se o líder no mercado brasileiro de saúde ao comprar a concorrente Medial Saúde e ao tornar-se o maior acionista individual da Diagnósticos da América

Por Cláudio Gradilone

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Vídeo: confira entrevista exclusiva com Edson Bueno ( http://bit.ly/hfBYY7 )

Sentado à mesa de almoço no jardim de inverno de seu apartamento em um dos edifícios mais caros de São Paulo, o médico Edson Godoy Bueno confere as cotações das ações da Amil em seu smartphone e exibe, orgulhoso, o gráfico que mostra uma valorização abrupta a partir de agosto. “Olha só como a ação subiu, mostra que os investidores gostaram do negócio”, diz ele.

O negócio a que Bueno se refere foi uma transação fechada no início daquele mês, em que ele vendeu sua empresa de medicina diagnóstica MD1, líder no Rio de Janeiro, para a Diagnósticos da América (Dasa), maior empresa do setor no Brasil, por meio de uma troca de ações.

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Com isso, tornou-se o maior acionista individual da Dasa, com 26% do capital. Não foi a única grande transação fechada por Bueno neste ano. Ele concluiu em junho a compra da concorrente Medial Saúde, da qual detinha 52% desde o final de 2009.

A aquisição custou R$ 1,17 bilhão e transformou a Amil na maior empresa do setor de saúde privada no País. As duas transações e a melhora dos resultados – o faturamento avançou 62% em relação a 2009 – fizeram as ações da holding Amilpar subir cerca de 35% entre janeiro e novembro, muito acima dos 4% do Índice Bovespa.

“2010 foi um ano fantástico”, diz ele.  A transação entre a MD1 e a Dasa garantiu um ganho duplo à Amil e fez Bueno ser escolhido o EMPREENDEDOR DO ANO NOS SERVIÇOS.

Ao tornar sua empresa um cliente preferencial da Dasa, ele pôde passar a controlar mais de perto os custos dos exames clínicos. “Esses gastos representam cerca de 25% dos custos totais das empresas de saúde, e qualquer ponto percentual de economia faz muita diferença nos resultados”, diz Iago Whately, analista da corretora Fator.

A associação com a Amil também permite à Dasa acelerar sua expansão. Construir um laboratório custa caro, e torná-lo conhecido é demorado. Ao contar com os clientes da Amil, a Dasa corre muito menos riscos em sua expansão.

A transação também mostrou ser a prescrição adequada para a saúde financeira de Bueno. Ele encerra o ano não só permanecendo com o controle absoluto da Amil, com 63% da empresa com 5,2 milhões de clientes, como também tornou-se o maior acionista individual da Dasa, com 26% das ações.

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Tacadas certeiras: a abertura de capital da Amil na BM&FBovespa (foto maior)

forneceu os recursos para a aquisição da Medial e para a transação com a Dasa

Também coloca seu nome no seleto grupo dos bilionários: juntas, as duas participações somam R$ 4,56 bilhões, segundo as cotações do dia 1º de dezembro de 2010. Nada mal para quem nasceu em uma família de baixa renda no interior de São Paulo e, contra todas as expectativas (incluindo as próprias), formou-se médico no início dos anos 60.

Bueno é o primeiro a divulgar sua trajetória improvável – produziu um documentário de oito minutos em vídeo sobre a própria vida, que faz questão de exibir na ampla televisão do escritório do apartamento.

Ele foi mau aluno na escola pública (repetiu quatro vezes a primeira série). O que mudou sua vida na pequena Guarantã, cidade de seis mil habitantes a cerca de 300 quilômetros de São Paulo, foi ter conhecido Moacir Junqueira, único médico da cidade.

O menino decidiu que seria médico e estudaria na escola em que Junqueira se formou, a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro. Foi lá que ele começou sua trajetória empresarial, quando comprou uma clínica médica falida em Duque de Caxias, subúrbio do Rio.

De onde veio o capital inicial? “Comprei como pobre compra as coisas, fazendo dívida”, diz ele. O começo foi modesto. A Casa de Saúde São José funcionava em uma casa adaptada. “Eram só 250 metros quadrados, hoje o apartamento em que eu moro tem 750”, diz ele, exibindo orgulhosamente os quadros de Marc Chagall, Fernando Botero, Portinari, Di Cavalcanti e Anita Malfatti que adornam as paredes.

Ao assumir a São José, Bueno descobriu problemas crônicos de gestão financeira. “Os fornecedores cobravam caro e os clientes não pagavam, por isso a clínica vivia no vermelho.” Ele lancetou os custos, purgou as despesas e injetou anabolizantes no número de atendimentos, e os resultados saíram da terapia intensiva.

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Operar com sinergia: a compra da Medial Saúde vai facilitar a venda de planos

odontológicos, que têm maior potencial de crescimento, especialmente na classe C

Foi o embrião da Amil. Também foi a escola que ensinou Bueno a tratar a saúde financeira das empresas que adquiria. “Tem de controlar os custos”, diz ele. Essa prescrição foi seguida à risca com a Medial. A empresa vinha tendo problemas para fechar as contas.

Depois de levantar R$ 742 milhões com a abertura de capital em setembro de 2006, a empresa sofria com o aumento dos gastos. As causas do descontrole foram a gripe AH1N1 e a crise de 2008. Ambas fizeram os clientes anteciparem tratamentos, o que fez os números piorarem e tornou os donos da Medial mais dispostos a ouvir Bueno. Ao fechar o negócio, ele tornou-se o maior empresário de saúde do Brasil.

Uma vez assumido o controle, Bueno aplicou a mesma profilaxia aprendida na clínica de Duque de Caxias. “Nós procuramos sinergia entre as duas redes próprias, a da Medial e a da Amil”, diz ele. Como resultado, algumas clínicas fundiram-se e dois hospitais – “pequenos”, garante o médico – foram fechados.

“Conseguimos economizar R$ 2 milhões por mês”, diz ele. Os custos entraram em uma dieta rígida. “Cerca de 200 mil conveniados não eram rentáveis, então seus planos foram descontinuados”, diz ele.

Além disso, a Amil reajustou em 18,5% os preços e disciplinou os procedimentos da rede própria. “Se o paciente tem um problema simples, uma radiografia é o suficiente para o médico fazer seu diagnóstico, não é preciso fazer uma tomografia computadorizada”, diz ele.

Com isso, o faturamento nos nove primeiros meses de 2010 subiu de R$ 3,5 bilhões para R$ 5,7 bilhões, e a geração de caixa avançou 58,3%, para R$ 434 milhões. O aumento na dosagem de controle não passou despercebido.

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Controle de custos: a parceria com a Dasa, dona do Delboni Auriemo e do Lavoisier,

estabilizaos preços dos exames clínicos, que respondem por 25% dos custos dos planos de saúde

Uma pesquisa da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Paulista de Medicina, divulgada em dezembro, coloca a Amil em segundo lugar entre as empresas que mais interferem no trabalho dos médicos.

Mesmo com tantas aquisições em 2010, Bueno manteve o fôlego. Em meados de dezembro, o Hospital das Clínicas de Niterói, controlado por ele, fechou um acordo para comprar o Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, por R$ 180 milhões.

O Samaritano, com 93 leitos, fatura R$ 210 milhões por ano. Bueno tem dois outros alvos. Um deles é o mercado de Minas Gerais. O outro são os planos odontológicos.

Ele reconhece que tomou “um susto” em 2009 quando viu que o Bradesco havia comprado a empresa de planos odontológicos OdontoPrev. Essa oportunidade não era para ser perdida. “Os planos odontológicos são os que têm mais potencial de crescimento por causa do aumento da renda, especialmente para a classe C”, diz ele.

Também têm a vantagem de ser menos regulamentados do que os planos de saúde. A unificação da Amil e da Medial, concluída no terceiro trimestre, vai permitir um aumento das vendas cruzadas. “Isso garantirá o nosso crescimento pelos próximos dez anos.”