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Como um país tão empreendedor pode ser tão pouco inovador?

Article-Como um país tão empreendedor pode ser tão pouco inovador?

Como um país tão empreendedor pode ser tão pouco inovador?
É difícil termos um país inovador sem alocação de recursos na área. Apesar do montante investido não significar qualidade de investimento, é incomum que empresas que não invistam, tenham esforços muito grandes e, assim, desenvolvam produtos ou serviços inovadores.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor, realizada no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), a taxa de empreendedorismo no Brasil chegou a 34,5%. Isso significa que três em cada dez brasileiros possuem uma empresa ou estão relacionados a criação de um negócio próprio. Para ter ideia do que isso representa ao longo do tempo, essa taxa, em 2004, era de 23%.

Comparado a outros países do mundo, estamos em primeiro lugar, quase 8% à frente do segundo colocado, a China, e quase 15% à frente dos Estados Unidos. Já em comparação aos países emergentes, a taxa é ainda superior, com a Índia chegando a 10,2%.

Ao contrário do que pode ser imaginado, 71% dos brasileiros que começaram um negócio próprio o fizeram por encontrar uma oportunidade de negócio e não pela necessidade.

Infelizmente, isso não significa que sejamos um país inovador. Inclusive, se analisarmos as grandes corporações, vemos que o Brasil tem perdido investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, o que é um forte indicador em empresas inovadoras. Todas as gigantes de tecnologia e de farmacêutica, por exemplo, possuem investimentos altos na área.

É difícil termos um país inovador sem alocação de recursos na área. Apesar do montante investido não significar qualidade de investimento, é incomum que empresas que não invistam, tenham esforços muito grandes e, assim, desenvolvam produtos ou serviços inovadores.

No total, as mil empresas que mais investem em inovação estão gastando US$647 bilhões em P&D. No Brasil, estes investimentos somam US$ 2,65 bilhões. No ranking abaixo, podemos ver quem são as brasileiras neste patamar:

arte28emp-401-inova-b6 Dados: Strategy& Gráficos: Valor Econômico

Aqui, segundo Roberto Leuzinger e Fernando Fernandes, na Harvard Business Review Brasil, três fatores podem ser considerados importantes para os baixos investimentos em P&D. O primeiro é a gestão com base em curto prazo, o segundo a falta de mão de obra qualificada e o terceiro, a falta de incentivos para aumentar as pesquisas em quantidade e em qualidade.

Estes três fatores, acredito, podem ser extrapolados da área de P&D e generalizados para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores no Brasil. Apesar disso, temos muitos cases e empresas que desafiam o ambiente desfavorável e, ainda assim, entregam valores altos para o consumidor final.

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