Porém, às vezes, como ocorreu em 2008, as pessoas com medo de serem demitidas buscam consumir mais os serviços de saúde. Em outras ocasiões, as pessoas deixam de realizar procedimentos estéticos de alto valor para evitar contrair dívidas caso este dinheiro seja necessário.
Mas, para os empresários de saúde as crises podem afetar ou encarecer o acesso a capital, que passa a ficar mais restrito e mais caro. Nestes casos, é frequente ligar num dia para o banco, e no dia seguinte a taxa de juros estar (muito) mais cara. Assim, em momentos de crise de capital, os empreendedores tem que avaliar com extrema cautela suas fontes de financiamento e seus projetos de crescimento, a fim de estarem preparados adequadamente para uma crise de liquidez.
Nestes momentos de crise, é indispensável arrumar a casa e se preparar para as próximas janelas de oportunidade, que certamente se abrirão no futuro próximo. Temos conversado com diversos investidores que estão interessados no setor saúde, mas a crítica que fazem é que costumam ver apenas boas idéias e poucos projetos operacionais com replicabilidade e modelo de negócio comprovados. Por outro lado, em diversos pontos do Brasil empreendedores estão construindo novos serviços de saúde com capital próprio. Quem não gostaria de ser sócio de um hospital em Minas Gerais ou Porto Velho, desde que este hospital tivesse Governança Corporativa e elevados padrões de gestão?
Por outro lado, quantos empresários de saúde de fato estão se relacionando adequadamente com o mercado de capitais, apresentando regularmente sua empresa para bancos, fundos, médicos e investidores, a fim de garantir os recursos necessários para a expansão ou se preparando para uma possível venda, quando o momento chegar ?
Enfim, momentos de crise trazem grandes oportunidades de consolidar um setor por preços muito mais atraentes do que os anteriormente praticados no mercado, porém para aproveitar estas oportunidades é necessário muito rigor e disciplina.
