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6 motivos para consultar um advogado na hora de empreender

Article-6 motivos para consultar um advogado na hora de empreender

Muitas pessoas que decidem começar um negócio próprio pensam que não é necessário consultar um advogado no início ou então que advogados só são imprescindíveis quando "algo da errado" na estratégia de negócios.

Há ainda empreendedores que pensam que tudo pode ser resolvido com a ajuda de um buscador na internet e dos conselhos de amigos.

A colaboração de amigos e as informações disponibilizadas gratuitamente em sites confiáveis na internet serão sempre úteis e importantes na vida da startup, mas a consulta a um advogado especializado é indispensável. Este é o profissional que poderá fazer um "overview jurídico" do modelo de negócios, um planejamento da documentação e das providências necessárias e dar as orientações e dicas para que o empreendedor possa conduzir e montar juridicamente seu negócio da melhor forma possível.

 Quando se inicia uma empresa, alguns temas são de suma importância e devem ser discutidos com o advogado de confiança do empreendedor, seguem alguns exemplos:

1- Conversa aberta sobre o Business Plan e possíveis áreas de risco jurídico:

Uma primeira orientação geral aos empreendedores a meu ver é: "tenham os advogados como seus aliados e parte da sua equipe". Antes de mais nada é importante ter uma conversa ampla e detalhada com seu advogado de confiança sobre o modelo de negócio, a forma de atuação da empresa, os produtos e serviços ofertados, a forma de interagir com o cliente, os objetivos comerciais da empresa, o site, o que é possível fazer no site da empresa e todas as informações sobre o negócio que está sendo iniciado. O conhecimento jurídico do advogado será imprescindível para identificar possíveis mudanças e adaptações que devem ser feitas para que a empresa se adeqüe à lei, para que esteja mais protegida e possa oferecer menos riscos aos consumidores.

2- Direito societário:

Como será constituída a empresa? Será ela em forma de sociedade limitada? Será uma Sociedade Anônima? Será importante elaborarmos um acordo de quotistas para regular o envolvimento dos sócios e outras questões sensíveis? Assim que os empreendedores decidirem passar a atuar comercialmente, essas e outras questões referentes à sociedade deverão ser discutidas com o advogado. O site do Sebrae pode ser uma boa fonte de informações iniciais para que o empreendedor entenda um pouco mais como funciona a organização de uma empresa.

3- Registro da marca:

Logo no início da atividade comercial é importante pensar na questão da proteção marca e como será feito esse registro. Um advogado especializado na área poderá ajudar o empreendedor a fazer a pesquisa prévia e a conduzir todos os procedimentos junto ao INPI. Aliás, este é outro site que vale a pena ser consultado: na seção de "marcas" eles possuem um manual e guia básico que podem ajudar o empreendedor que deseja saber como funcionam esses procedimentos.

4- Direito do Consumidor:

É importante que em empresas online e offline os empreendedores estejam atentos aos clientes e não deixem de cumprir os princípios e regras do Código de Defesa do Consumidor. Na internet o empreendedor deve estar ainda mais atento; por exemplo, se o empreendedor possui um e-commerce, os dados pessoais dos clientes devem estar seguros e a informação do site deve ser clara, precisa e legível. Ainda, deve estar evidente ao cliente o momento em que ele realiza a compra, o fluxo de telas e informações (da escolha do produto até o pagamento por cartão de crédito) deve ser compreensível e não induzir o consumidor a erro. Vale a pena conversar com o advogado e pedir as orientações cabíveis sobre a melhor forma de se manter alinhado ao Direito do Consumidor tanto no ambiente online quanto no offline.

5- Contratos:

Mesmo sendo uma empresa pequena e ainda em início de atividade é importante que o empreendedor não descuide desse tema e formalize corretamente todas as suas parcerias comerciais, relações com clientes, fornecedores, colaboradores, funcionários etc. Os contratos facilitam a exteriorização das responsabilidades e obrigações das partes e alocam parte dos riscos futuros, tornando a relação entre as partes mais segura e previsível. Aqui vale novamente a orientação: converse a fundo com seu advogado sobre o modelo de negócio e quais são os contratos necessários (e como devem ser esses contratos) para que tudo corra da melhor forma.

6- Regulamentações específicas:

Dependendo da área de atuação e de como o business será organizado, é possível que seja necessário o cumprimento de formalidades de órgãos específicos, como, por exemplo (na medicina), o CFM, o CRM, o CREMESP etc. Não deixe de consultar um advogado especializado na área de atuação da sua startup para verificar esse tipo de informação e os procedimentos envolvidos.

Todos os temas foram citados acima a título de informação e devem ser discutidos com o advogado de confiança no caso concreto de cada empreendedor. Uma boa orientação e um papo aprofundado com o advogado sobre o modelo de negócio e a melhor adequação jurídica são um excelente início para o empreendedor que deseja obter sucesso.

O Direito é uma área muito importante e estará presente durante toda a vida da startup; quanto antes o empreendedor perceber isso, melhor. Para finalizar: o princípio "é melhor prevenir do que remediar", muito usado na medicina, a meu ver é bastante válido na área jurídica também.

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