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4 argumentos para investir em uma startup

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Transparência, simplicidade, investimento baixo e potencial no longo prazo são alguns dos argumentos de Greg Kelly, especialista em equity crowdfunding

Receio de investir em meio à crise é algo comum entre os investidores. Porém, há oportunidades nas pequenas empresas. Esta é a visão do matemático inglês e sócio-fundador da plataforma de equity crowdfunding, Greg Kelly. Com base em sua experiência em instituições financeiras, como o Lloyds Bank, o especialista elenca argumentos que apontam que investir em uma startup ou pequena empresa é uma boa ideia, especialmente na crise.

1. Quais empresas vão prosperar no futuro?

Segundo ele, essa é uma pergunta praticamente impossível de responder com exatidão, mas o fato é que as empresas que farão sucesso daqui cinco, dez ou vinte anos estão sendo criadas hoje. Há dez anos Uber, Whatsapp ou Airbnb eram palavras inexistentes. Para ele, as tecnologias e inovações que facilitam a vida das pessoas tendem a dar certo nos dias de hoje. E quem protagoniza essas inovações são, essencialmente, as pequenas empresas.

2. Transparência

Há uma diferença enorme entre investir em uma grande companhia e em uma startup ou pequena empresa. Ao optar por uma grande empresa, o pequeno investidor enfrentará uma série de burocracias e departamentos, gerenciados por pessoas que ele tende a não conhecer ou ter acesso. Nas pequenas, ao contrário, a pessoalidade reina. É fácil entender o que elas fazem, com quem falar e como seu dinheiro investido vai ser usado.

3. Investimento baixo com grande potencial a longo prazo

A meta básica de todo investidor é ganhar um retorno acima de inflação. Mesmo assim, atingindo essa meta pode ser difícil utilizando as opções tradicionais. Com apenas mil reais é possível investir em uma startup. Se ela der certo, os lucros podem multiplicar o seu investimento inicial no longo prazo.

4. Investimento protegido da inflação

O executivo descreve que se o investimento der certo e a empresa tiver sucesso, os ganhos são naturalmente protegidos da inflação, já que a valorização de uma empresa acompanha a inflação. No evento que o investidor consiga vender sua parte da empresa no futuro, realizando um ganho, o valor será cotado no dinheiro desse dia, já ajustado pela inflação. "Devemos lembrar que este é um investimento de alto risco. A recomendação é que essa opção não receba investimentos de mais de 10% do seu patrimônio líquido. Seguindo essas regras básicas, investimentos em startups podem e devem fazer uma parte de uma carteira de investimento saudável", pontuou Greg Kelly.

Kelly comenta que o mercado de equity crowdfunding nasceu em plena crise econômica na Inglaterra em 2010. "A situação atual do Brasil hoje tem similaridades a aquela de cinco anos atrás no meu país. As grandes empresas estão fechando vagas e reduzindo operações. Ao mesmo tempo, brasileiros recém-formados estão saindo da universidade com um alto nível de ensino e capacidade, mas com menos desejo de trabalhar em grandes instituições e mais vontade de criar novos produtos e serviços com empresa própria. Por isso, muita gente altamente qualificada vai optar por empreender, criar sua empresa e fazê-la crescer. Outros vão buscar as menores companhias, onde realmente poderão fazer a diferença”.

O modelo de equity crowdfunding - mecanismo de investimento colaborativo que permite o investidor a diversificar sua carteira por apoiar PMEs através de aportes e conversão em títulos e ações - arrecadou cerca de 85 milhões de libras no Reino Unido em 2014 e vem oferecendo novas oportunidades de investimento para os britânicos e também vem ajudando a criação e estabelecimento de centenas de novas empresas valiosas desde a crise de 2008.

Fonte: Eqseed - plataforma online para investimento em pequenas empresas no Brasil, que tem como sócios o inglês Greg Kelly - matemático e ex- Lloyds Bank; e o economista norte-americano Brian Begnoche