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Revisão do Código de Ética deve ser concluída

Article-Revisão do Código de Ética deve ser concluída

Interação do médico com os pacientes, com a sociedade e com a própria medicina deve ser alterada

Após completar 21 anos de vigência, o Código de Ética Médica será revisado pelos profissionais da área da saúde. A discussão teve início há dois anos e deve ser concluída neste sábado (29) pela Comissão de Revisão do Código de Ética Médica, coordenada por Roberto Luiz D'avila e composta por representantes de várias regiões do país. As principais mudanças serão a busca da atualização da relação do médico com o paciente, com a sociedade e com a própria medicina nos princípios filosóficos. "Estamos mudando a questão da autonomia dos pacientes. Antes nossa prática era paternalista e agora entendemos que o paciente sabe o que é melhor para si mesmo. Os profissionais médicos serão apenas consultores que darão todas as condições para que seus pacientes possam decidir melhor o que eles querem para a sua saúde", explica D'avila. A relação desses profissionais com a indústria de equipamentos médicos e com a indústria farmacêutica também deve ser alterada por meio de discussões da questão de conflito de interesses entre ambos e também da incorporação de novas tecnologias relacionadas à fertilização in vitro, por exemplo.

A partir desta ação, o código de ética deve ser revisado periodicamente com base na mudança constante da sociedade. "A moral muda no tempo e no espaço, a moralidade vai de encontro com a cultura e com a ética, daí a necessidade da revisão diante de novas tecnologias, de mudanças de comportamento da própria sociedade e dos médicos". Embora o Código de Ética Médica esteja em processo de alteração, D'avila ressalta seu poder visionário de codificar a moral da maneira do médico exercer sua profissão.

O trabalho da comissão deve ser contínuo para que o objetivo de adequar o Código de Ética Médica às atuais transformações sociais, técnicas e científicas da medicina seja concluído com êxito sempre que necessário. "A moral médica não pode ficar defasada diante de um mundo de tanta rapidez e tecnologia", conclui D'avila.

Ao longo das discussões de prováveis mudanças, foram analisadas 2.575 sugestões de médicos e entidades organizadas da sociedade civil.

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