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Por que redes sociais para médicos são mais seguras?

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rede social - shutterstock
Prática de diagnósticos colaborativos cresce através das redes e facilita o acesso à saúde aos pacientes e o desempenho ético da medicina

O movimento das redes exclusivas começou no final de 2006 nos Estados-Unidos, com o Sermo e, desde então, não parou de crescer no mundo todo, incluindo recentemente o Brasil, onde, em 2013, foi lançada a rede profissional exclusiva para médicos Ology.

Essas redes exclusivas para médicos adequam-se ao conceito de MÍDIA SOCIAL DE NICHO, ou segmentada, que são ambientes especializados em determinado tema e que reúnem grupos de pessoas ou profissionais de áreas determinadas, com máxima segurança na proteção dos dados e dos usuários, o que significa dizer que não se enquadram no conceito de meios de comunicação de massa, muitas vezes mencionado no Código de Ética Médica.

Estas redes funcionam como uma rede virtual clássica, onde os médicos podem agregar observações realizadas durante a prática diária, desafiando e corroborando com opiniões de outros profissionais, acelerando o surgimento de tendências e novos insights sobre medicações, intervenções e tratamentos. E normalmente têm também uma área para colaboração em diagnósticos, que permite que dois ou mais médicos compartilhem informações e conhecimentos, trabalhando em conjunto para combinar suas experiências e conhecimentos para o benefício do paciente. 


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De acordo com a Best Doctors, 15% e 28% dos pacientes não são diagnosticados corretamente: “um problema que implica sofrimento e desperdício de bilhões de dólares todos os anos”. Além disso, muitas condições clínicas têm natureza multidisciplinar e esta abordagem ajuda a diminuir tal complexidade, pois permite a interação entre diversas especialidades. Essa prática de diagnósticos colaborativos, já muito comum nos Estados-Unidos, está começando no Brasil e pode contribuir enormemente para diminuir a carência de especialistas em comunidades distantes e desprovidas de recursos.

Nos EUA um caso que se destaca é o da Mayo Clinic, que oferece a outros hospitais e clínicas acesso aos seus médicos e ao conhecimento, como uma estratégia muito inteligente de preservação de mercado e de expansão.

Hoje nos Estados-Unidos e no mundo são várias redes exclusivas para médicos e milhões de médicos conectados. Redes profissionais exclusivas permitem aos médicos buscarem informações com maior rapidez, segurança e qualidade do conteúdo, do que pesquisas soltas na internet. O Doctors.net.uk, maior rede para médicos do Reino Unido, que tem atualmente mais de 200.000 usuários, mostrou um dado impressionante: 97% dos seus usuários afirmam que a rede é sua a fonte mais confiável de informações.

Para associações, sociedades e hospitais, estas redes profissionais exclusivas para médicos também oferecem um novo e importante canal de comunicação e relacionamento com os médicos. O contato na rede não fica unilateral e esse meio de relacionamento permite uma melhor interação dos profissionais e comunicações bem direcionadas.

Hoje em dia é impossível não reconhecer a importância das redes sociais como meio de comunicação, interação e relacionamento. Uma forma rápida e moderna, ainda mais atraente no contexto atual, no qual tudo gira em torno do meio digital, incluindo a saúde.

Para a profissão médica, redes profissionais exclusivas oferecem segurança e facilitam o desempenho ético da medicina.

Se o que era futuro já virou presente, o que está sendo construído agora é uma rede de ilimitadas oportunidades, nas quais a medicina no Brasil será fortalecida pela combinação de tecnologia e colaboração segura, em benefício da saúde do paciente.

*Giovana Pieck, sócia-criadora da rede social Ology
**As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação