A comunicação humana é uma das habilidades mais complexas do nosso cérebro e, com certeza, uma das mais significativas, sendo o motivo pelo qual vocês podem ler este texto, conversar com familiares e amigos, fazer negócios e todos os outros usos que damos à linguagem no dia a dia.

O que acontece é que o que nos é automático e intuitivo pode ser um impedimento ou uma dificuldade para outra pessoa. Em doenças e condições como autismo, derrames cerebrais, doença de Parkinson, Paralisia Cerebral e outros, as desordens de linguagem podem afetar bastante a vida dos pacientes. Além dessas doenças, temos condições como Distúrbio Específico de Linguagem, onde não há qualquer dano cerebral ou condição fisiológica que explique um atraso ou desvio de linguagem ou a gagueira, por exemplo.

O TalkItt é um aplicativo lançado pela VoiceItt, uma startup criada por Danny Weissberg, quando enfrentou problemas de comunicação com sua avó, após ela sofrer um AVC que a deixou com déficits de fala e linguagem. Ao procurar soluções, viu que havia poucas opções, mas nenhuma que lhe servisse. Estava traçada a missão de Danny: melhorar a vida de pessoas que sofrem de dificuldades de fala e linguagem, seus amigos, parentes e cuidadores.

Segundo a empresa, o aplicativo reconhece padrões e sílabas, podendo até criar um dicionário interno baseado na língua do paciente. Quando o indivíduo emite algum som ininteligível para terceiros, o aplicativo busca em seu dicionário interno e um significado é relacionado à fala do paciente.

O software está em teste em hospitais, universidades e clínicas, mas, já agora, eles criaram uma campanha no Indiegogo e 25% da meta já foi alcançada.

Dependendo da campanha, o aplicativo pode estar disponível para uso público em seis meses e o modelo de negócios proposto, a princípio, é uma assinatura mensal.

Precisamos esperar os testes e é bastante arriscado fornecer uma solução para patologias tão distintas como as citadas pela empresa. No entando, esperamos que, pelo menos alguma delas possa ser beneficiada do aplicativo. As patologias de fala podem ser as mais beneficiadas, já que a programação mental do que será dito está, muitas vezes, intacta e o problema encontra-se apenas na transmissão. Já para distúrbios de linguagem mais graves, a ideia soa pouco promissora, contanto, principalmente, que muitos pacientes não possuem padrão algum de pronúncia.

A Fonoaudiologia espera por novas tecnologias na área e é de extrema importância termos mais estudos sobre o uso de máquinas de reconhecimento de fala, feedback auditivo e outros.

Você sabe de alguma tecnologia semelhante na área?