Apesar de a medicina avançar a passos largos, alguns aspectos permanecem os mesmos, para a segurança dos pacientes. Esse é o caso da avaliação pré-cirúrgica, passo obrigatório para quem vai se submeter a um procedimento cirúrgico.
Para avaliar o risco de complicações durante e após a cirurgia, o paciente deve consultar um médico. A avaliação compreende detalhado levantamento do histórico clínico e exame físico do paciente, além de exames complementares. A atenção é redobrada em pessoas que apresentam maior vulnerabilidade, como hipertensos, diabéticos e idosos.
“Uma vez identificado algum problema, cabe informar ao paciente e ao cirurgião assistente quais são os riscos”, explica Dr. Renato Chaves, que integra as equipes do Total Care Amil e do Incor DF. “São repassadas medidas para minimizar os riscos, como a prescrição de medicações preventivas, a suspensão de remédios, além de cuidados especiais no pós-operatório”, complementa.
A maioria das complicações graves no pós-operatório, em geral, são relacionadas ao sistema cardiovascular. A estimativa americana é que cerca de 5% das cirurgias de maior porte apresentam algum tipo de intercorrência como arritmias ou insuficiência cardíaca. “A avaliação do risco cirúrgico, embora não isente a possibilidade de algum tipo de complicação, permite o direcionamento de medidas específicas antes, durante e depois da intervenção”, conclui Ronaldo Cuenca, vice-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.