Oftalmologistas especializados em plástica ocular desempenham um papel fundamental na correção de patologias pouco conhecidas
Com o aumento da expectativa de vida, não demorará para que a população acima dos 50 anos seja a maioria. O acompanhamento médico desse grupo é essencial para que a qualidade de vida mantenha-se ao longo dos anos. Com 72 anos, a aposentada Lúcia Maria Machado Fernandes submeteu-se à plástica ocular para corrigir o excesso de pele nas pálpebras superiores (blefaroplastia).
“Estava cada vez mais difícil para enxergar”, relembra. Lúcia foi operada no início de abril e seguiu rigorosamente o pós-operatório preconizado pela Dra. Raquel Lourenço, integrante do Departamento de Plástica Ocular do Hospital de Olhos Inob. “Estou fazendo as compressas frias e quentes, evitando poeira e só saio de óculos escuros”, enumera Lúcia.
Vários fatores podem desencadear problemas nas pálpebras, vias lacrimais e órbita. “O excesso de pele e as bolsas de gordura muitas vezes são consequência da flacidez dos tecidos e estruturas peripalpebrais, fatores ligados ao envelhecimento”, explica Dra. Raquel. Aspectos ambientais, como exposição ao sol, podem agravar o quadro.
Não são apenas os mais velhos que se submetem à plástica ocular. Dra. Raquel revela que o procedimento é cada vez mais comum em pacientes de idades variadas que apresentam tumores palpebrais e conjuntivais, obstrução de vias lacrimais e doenças tireoidianas que conduzem aos ‘olhos saltados’.