“Humildade é a mensagem que quero deixar para as empresas que querem inovar. Tecnologia puramente não funciona, é preciso entender as reais necessidades do cliente em seu contexto regional”, ressaltou o CEO da GE Healthcare para América Latina, Rogerio Patrus, durante Congresso Mundial de Saúde, ocorrido no Rio de Janeiro nesta última segunda-feira (24). O processo de inovação da companhia está pautado em três pilares: redução de custo, promoção do acesso e qualidade/eficiência.

Para este ano foram previstos investimentos de US$ 50 mil em saúde na AL e, até 2015, a previsão de recursos globais é de US$ 6 bilhões para a sustentabilidade do setor. Do montante alocado para a vertical de saúde, boa parte será destinado para atendimento do sistema público, novo importante core da empresa.

Há três anos, os negócios públicos representavam 10% do fatuamente da empresa. Atualmente, o percentual subiu para 20%. “A área pública atende grande fatia da população, além de estar próxima das necessidades da sociedade em termos de atendimento médico. No Brasil buscamos conhecer as necessidades do Rio de Janeiro como da Amazonas”, explica Patrus.

O executivo enfatizou a importância de ter equipes locais nas regiões. Com a mesma filosofia de inovação e proximidade com a realidade local, países como Argentina e Venezuela têm representado mais de 20% de crescimento para a GE. E a Venezuela apresentou um PIB negativo no ano passado. “Sabemos dos riscos políticos na Venezuela, do problema da inflação na Argentina, mas apesar dos riscos, existem oportunidades e acreditamos nelas”, ressalta Patrus.

De acordo com o executivo, o processo de globalização da inovação se inverteu. Antigamente o que era produzido pelos EUA em termos tecnológicos era reproduzido no mundo inteiro. Agora o desenvolvimento de inovação acontece de forma local e depois é apresentado para o mundo.