Quando se trata de tecnologia e saúde, um dos grandes receios dos profissionais é de, ao utilizar a tecnologia, a relação com o paciente seja distanciada. De muitas formas, ela pode ser usada para estreitar a relação, mesmo que o profissional não esteja presente. Citamos em um texto, a maior propensão dos pacientes a se abrirem para “humanos virtuais” que para pessoas de carne e osso e, neste caso, a relação foi aproximada, porque perdendo o medo do julgamento, o paciente confiou aquela informação ao cuidador dela, neste caso, o médico.

Ter o corpo clínico aliado aos desenvolvimentos tecnológicos colocados ou cogitados para serem adquiridos para um serviço de saúde é de extrema necessidade. Muitas vezes, pensamos na tecnologia de ponta, no que vai tirar o melhor proveita da relação entre  tecnologia e saúde, mas nos esquecemos de aumentar a relação com o paciente. Essa relação pode ser fortalecida com ferramentas e tecnologias de apoio e suporte aos pacientes.

O atual Diretor Executivo da Cleveland Clinic, Gary Fingerhut deu uma entrevista ao MedCity e ele fez um ótimo comentário a respeito do assunto:

“Esta é nossa oportunidade de mudar a cara da inovação em saúde. Nós encorajamos compartilhamento de informação, colaboração entre os médicos, cientistas e desenvolvedores de softwares para manter um relacionamento que pode ser mutualmente favorável. Nossos inventores estão mudando a maneira como a saúde é entregue; eles estão salvando vidas; os pacientes vêm primeiro.”

Já o Dr. Joel Howell traz a história de um médico de Maine para comentar sobre o assunto. “Quando perguntaram, em 1920, para um médico de Maine, qual a maior inovação que ele tinha visto em toda sua carreira, ele respondeu que eram as estradas pacimentadas.”. Segundo ele, a tecnologia nos coloca juntos tanto fisicamente quanto por mobile.

A relação tecnologia e saúde sempre estará em desenvolvimento e parte do nosso papel é não esperar a tecnologia para nos aproximarmos. Existem ferramentas disponíveis para isso desde muito antes de 1920.