A geração habituada ao uso da tecnologia que se mantém sempre bem informada irá direcionar a adoção do eHealth (electronic health) no mundo. É o que mostra o relatório da KPMG ?Acelerando a inovação: o poder da multidão ? Lições globais na implementação do eHealth? (Accelerating Innovation: the power of the crowd – Global lessons in eHealth implementation, em inglês) realizado em conjunto com a Manchester Business School. Com o objetivo de utilizar aplicações de internet e móveis em alinhamento com outras tecnologias de informação, e com foco na melhoria do acesso, da eficiência, da efetividade e da qualidade dos processos clínicos e assistenciais necessários a toda a cadeia de prestação de serviços de Saúde, o mercado de eHealth vem avançando e, por todo o mundo, os investimentos e estudos sobre como desenvolver a área vêm aumentando. Baseado em entrevistas com executivos do segmento de eHealth representando 15 países, o relatório indica que, devido à demografia em transformação e à necessidade de se reduzir os custos e aumentar a qualidade da proteção e dos serviços de saúde, o eHealth é visto como uma abordagem vital para melhorar e desenvolver a saúde global. Quase 60% dos executivos de saúde entrevistados disseram que os dois principais fatores de estímulo ao eHealth serão a expectativa de pacientes (61%) e um aumento na eficiência (58%). Mais de 30% dos respondentes disseram que a principal barreira para os sistemas sustentáveis de eHealth seria o custo (34%), enquanto que 29% acreditavam que a mesma seria constituída pelas atitudes profissionais. De acordo com o líder global da área de saúde da KPMG, Mark Britnell, a implementação do eHealth requer convicção e comprometimento, mas os benefícios para os pacientes podem ser enormes, caso seja feita da maneira correta. Esse novo estudo global tem a meta de oferecer orientações para a obtenção de êxito e demonstra os melhores exemplos para continuar trabalhando nessa direção. Segundo o sócio-lider da área de saúde da KPMG, Humberto Salicetti, o usuário de smartphone dos dias de hoje é o paciente do amanhã, que quer mais acesso e controle de sua saúde e de seus prontuários médicos. Além disso, os médicos também devem acompanhar essa tendência, fazendo parte dessa mudança. Salicetti afirma que o uso de tecnologia é mais do que um assunto da moda. E ressalta que as tecnologias bem aplicadas à Saúde estão virando uma resposta realista para levar, inclusive, atendimento a regiões remotas ou pouco desenvolvidas dentro de países emergentes. Para criar uma real mudança no sistema de Saúde, o relatório cita três condições essenciais para o sucesso: inovação acelerada pela multidão, alinhamento colaborativo e deslocamento criativo. A inovação acelerada pela multidão denota a influência do coletivo ? quando muitas pessoas se juntam para criar uma mudança, como no caso do projeto do genoma humano ou da Wikipédia; o alinhamento colaborativo requer interesses e esforços direcionados de um amplo espectro de participantes; e o deslocamento criativo propõe que processos e sistemas deverão ser abandonados para a obtenção de maiores progressos, tal como o obtido no caso da substituição de filmes de raio-X tradicionais pela imagem digital. Projetos bem-sucedidos que empregam essas abordagens incluem o Consórcio de Conectividade de Proteção ? Care Connectivity Consortium (CCC) nos Estados Unidos, o sistema de Prontuário Eletrônico Nacional de Saúde da Cingapura (NEHR) e o portal de eHealth da Dinamarca. Porém, ocorre com frequência que projetos de saúde eletrônica percam seu momento ou fracassem sob a sua própria complexidade.Salicetti conta que os sistemas de eHealth não se desenvolvem isoladamente, e os sistemas de saúde em geral nunca enfrentaram tantos desafios complexos como agora. Britnell conta que ao mesmo tempo em que não existe um caminho único para a transformação do eHealth, ela é importante e cara para que as organizações repitam os mesmos erros cometidos por seus congêneres. Na verdade, o sucesso resultará do compartilhamento de lições entre os países, sistemas, instituições e profissionais. LEIA MAIS: Entenda como o conceito de eHealth tem revolucionado a saúde no mundo GE e Microsoft fazem parceria para a área da saúde Avreo passa a vender a linha eHealth, da Carestream Como a Web 3.0 impacta a saúde Transformação na cadeia de saúde começa pelo consumidor Telehomecare: alternativa rentável Execplan anuncia sistema de business intelligence para saúde
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