Estudos realizados no Centro de Óptica e Fotônica do Instituto de Física da USP de São Carlos (IFSC) mostram a viabilidade de uso da espectroscopia de fluorescência na detecção do câncer epidemóide, que atinge regiões como a língua e os lábios. O procedimento poderá significar mais confiabilidade e rapidez nos diagnósticos. A pesquisas foram realizadas em hamsters e, ainda este ano, poderão ser feitos testes em humanos. Atualmente, o diagnóstico deste tipo de câncer é feito por meio da retirada de uma amostra do tecido lesado que é analisada por um patologista.
Durante a pesquisa foi utilizada uma sonda composta por um conjunto de fibras óticas que conduzem a luz laser e coletam a fluorescência do tecido. A energia entregue provoca a excitação das biomoléculas do tecido lesado. A fluorescência coletada é então enviada a um espectrômetro que analisa a intensidade e os comprimentos de onda da luz coletada.
Os pesquisadores determinaram identidades espectrais do carcinoma para possibilitar a discriminação entre normal e neoplásico. Essa técnica já vem sendo aplicada em pacientes com lesões no fígado, em colaboração com a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.