A Unidade de Pronto Atendimento Maria Esther Souto de Carvalho, a UPA da Imbiribeira, em Recife (PE), obteve no último mês de junho a acreditação com excelência do atendimento pela Organização Nacional de Acreditação (certificado ONA III). É a primeira instituições do tipo com o certificado. A recomendação foi feita pela empresa mineira DNV, responsável pela auditoria.

Para a coordenadora geral da UPA da Imbiribeira, Cristiana Melo, a acreditação é importante para ?fazer entender que a saúde pública no Brasil pode buscar um diferencial na qualidade assistencial?. A unidade é gerida pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) e tem capacidade de atender 450 pacientes diariamente (13,5 mil ao mês).

A unidade é composta de quatro consultórios de clínica médica, dois de pediatria e um de ortopedia, sete no total. Há ainda salas de nebulização, medicação, para exames radiológicos, uma de repouso adulto com dez leitos e outra de repouso pediátrico com quatro leitos. Outra sala de repouso vermelha (para casos graves e procedimentos mais complexos, ocupada por pacientes que precisam ser monitorados até serem transferidos para outros hospitais e UTIs) possui quatro leitos, totalizando dezoito.

O primeiro certificado ONA foi obtido pela UPA em maio de 2011, o que a levou a ser reconhecida pelo Ministério da Saúde como referência em urgência e emergência no Brasil. Cristiana diz que desde o primeiro processo de acreditação a UPA já tinha o perfil para a certificação plena. ?A (maior) dificuldade foi multiplicar as boas práticas como modelo de gestão para os parceiros, pois acreditamos que, para se ter excelência num sistema integrado de gestão, todos devem, cada vez mais, contribuir em prol de uma interação entre os serviços de saúde?, diz.

Apesar do desafio, a gestora acredita que a certificação é uma resposta externa às boas práticas sendo implantadas na UPA, mas que a unidade já nasceu utilizando tecnologia de prontuário eletrônico e com o objetivo claro de ser referência nacional. O modelo de atendimento da unidade dispensa o uso de papel a partir de um sistema de gestão da MV, que integra os processos de atendimento do paciente usando leitores de dados que identificam o atendente, o paciente e a medicação ou procedimento em uso.

O sistema também gera indicadores de atendimento e qualidade, que podem ser utilizados pelos gestores. ?Acreditamos que o suporte tecnológico é de grande ganho para a evolução e a segurança dos nossos pacientes e parceiros?, pondera Cristiana.