A Unimed Franca sabe o valor que tem uma informação segura, rápida e completa para o plano estratégico de uma instituição de saúde de seu porte. Para a operadora, ela nada mais é que a base para a tomada de decisões. Portanto é essencial que ela seja ágil, acessível e, principalmente, que tenha credibilidade. Diante da complexidade do negócio, a operadora se viu frente ao desafio de mapear detalhadamente a carteira de clientes e estratificar serviços para usar os dados que possui a seu favor. Assim surgiu o Núcleo de Inteligência Competitiva (NIC), criado como um setor independente para estruturar a base de dados, definir indicadores, implantar, analisar e disseminar uma nova cultura na empresa. O surgimento do núcleo estratégico, no entanto, demandou uma mudança no sistema de gestão e uma revisão radical dos processos da empresa. Era preciso que a informação fosse o principal driver para a decisão. Por isso, ao ser criado, o NIC foi um dos pilares para a implantação de uma nova cultura de gestão pela informação na empresa. Várias decisões acertadas foram tomadas, nos últimos anos, com base nos levantamentos realizados pela área. ?Hoje existe a cultura da informação competitiva na empresa. Da atendente que libera uma guia ao presidente, todos têm disponível informação confiável para fazer as melhores escolhas?, afirma o diretor presidente da Unimed Franca, Otto Barbosa Júnior. Com a capacidade de gerar dados inteligentes através do NIC, a operadora reduziu o impacto no seu caixa e a gestão passou a ser focada em resultados. Atualmente, o NIC produz desde relatórios de análise de sinistralidade dos contratos até projeções de tendências e controles de indicadores da ANS e do sistema Unimed. Entre outros benefícios, o núcleo permite que seja feito o monitoramento da empresa em tempo real e que o volume de informação gerada seja tratada com eficiência. ?Antes os números não eram confiáveis, os conceitos de indicadores eram divergentes e os resultados incompreensíveis. Hoje, apesar de descentralizarmos as análises, os números levantados pelas diversas áreas são validados pela controladoria. Existe disciplina com os objetivos e acompanhamentos da empresa?, pontua Barbosa Junior. A unidade também prima pelo gerenciamento dos riscos e,segundo explica o presidente, o departamento de provimento em saúde é hoje o maior cliente do núcleo. Por 12 meses, o NIC trabalhou integralmente na estruturação da nova base, atuando na definição dos conceitos e redefinição dos processos operacionais e sistêmicos para obtenção de dados fidedignos. Somente depois desse tempo foi possível mapear os riscos e ter uma visão ampla e holística da operadora. Em função da nova organização e da metodologia, que subsidia a implantação e acompanhamento de cada projeto, as metas e resultados estão sendo alcançados. ?O maior diferencial foi a inteligência aplicada para a formação dos conceitos e as várias visões para o mesmo custo assistencial. Hoje trabalhamos com previsibilidade do custo assistencial com margem de erro de 0,3%, conhecimento do resultado real da área no 5º dia útil de cada mês, além do mapeamento em tempo real dos eventos em andamento. As novas diretrizes são todas sustentadas pela política de informação que nos permite manter uma sinistralidade na casa dos 78%?, pontua o presidente. Com investimentos da ordem de R$ 423 mil, o desenvolvimento do NIC, que teve início em outubro de 2010 e finalizado em agosto de 2013, é formado por uma equipe exclusiva para o monitoramento e análise das informações estratégicas e por um médico, um analista de negócio e um de tecnologia, sendo todos colaboradores realocados da própria empresa. Atualmente, o NIC trabalha no mapeaento do mercado local para sustentar as estratégias comerciais, antevendo fatores determinantes – como renda, economia, faixa etária, produto e preço -, para as políticas de médio e longo prazo. ?O NIC surgiu como um departamento autônomo e ligado à diretoria, passou por uma reformulação e hoje é visto como a diretriz da cultura do conhecimento. Sabemos que sem informação não se administra e buscamos incentivar os nossos gestores a fazerem as perguntas certas, para que possamos responder de forma objetiva, diminuindo riscos e ampliando o sucesso das decisões?, ressalta Barbosa Júnior. Como tem esse caráter consultivo que, com suas decisões, permite a redução de gastos, Barbosa Junior explica que essas economias serão revertidas em remuneração médica e investimentos em equipamentos e estrutura. Além disso, o diretor-presidente conta que está em vias de colocar em funcionamento o RES (Registro Eletrônico de Saúde), sistema que disponibilizará resultados de exames e outras informações úteis, facilitando o atendimento nos consultórios.
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