A Unimed Brasil pretende atingir dentro de dois anos a marca histórica de um milhão de usuários para o seu plano de saúde empresarial, que compreende as corporações em nível nacional. Hoje são 785 mil usuários. No mesmo período, a instituição almeja alcançar o número mágico de R$ 1 bilhão em receita. A meta neste exercício é crescimento de 18% sobre 2007, elevando o valor de R$ 660 milhões, em 2007, para R$ 752 milhões neste ano. A taxa registrada entre janeiro e agosto deste ano, entretanto, foi de 14% em relação a igual período de 2007, o que revela um segmento extremamente competitivo e, também, a necessidade de usar a criatividade para ver realizado os objetivos propostos.

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O desafio não será fácil, disse à Gazeta Mercantil, Mohamed Akl, presidente da Central Nacional, o braço do Sistema Unimed de cooperativas responsável pela prospecção e a administração de usuários corporativos. “Empresas que possuem mais de sete mil e menos de dez mil empregados costumam operar com dois fornecedores de plano de saúde. É uma concorrência que reputo como saudável”, comenta Akl. Ele salienta, no entanto: “É obrigação nossa melhorar o desempenho.” Neste sentido, ele debruça-se sobre o próximo planejamento.

Como? Novas ações para fidelização dos atuais clientes. Médico de formação, Mohamed sabe que é difícil obter taxas de crescimento expressivas quando 92% das empresas brasileiras possuem algum tipo de fornecedor de plano de saúde. “A área comercial tem pela frente um belo desafio”, avisa Mohamed, lembrando que a Central Nacional acaba de comemorar dez anos. Foi criada para lidar com empresas cujo alcance abrange várias unidades federativas. O médico esquiva-se em citar nomes, mas assegura que são nomes conhecidos da mídia.

Ele não se aprofunda na questão de como agirá a área comercial, mas conta que o Sistema Unimed vem trabalhando firme no processo de verticalização dos seus serviços. Atualmente, a rede de 377 cooperativas (que atende mais de 15 milhões de usuários em todo País) conta com 82 hospitais próprios, além de laboratórios e de 152 serviços de atendimento, incluindo, tratamentos de quimioterapia e radioterapia, ambulâncias lavanderias e 80 farmácias “para fechar o círculo de atendimento”, ressalta o médico.

Dos desafios traçados para este ano, 95% já foram executados em dez meses, informa Mohamed. Ele, porém, está atendo as novas possibilidades e vê com naturalidade a análise de compra de novos hospitais para integrar a rede. “É um bom momento para comprar”, admite sem dar detalhes. De acordo com ele, as cooperativas têm autonomia administrativa e política para encaminhar propostas, “dentro de algumas regras e orientações básicas adotadas por todas”, observa.