A hipertensão arterial é facilmente identificada por especialistas, mas desconhecida pela maioria da população, por ser assintomática. Considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto, de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e paralisações renais, a pressão alta atinge aproximadamente 30 milhões de brasileiros. O número corresponde a 30% da população adulta do país, mas acima dos 50 anos de idade a incidência é ainda maior: uma em cada duas pessoas é hipertensa.
Especialistas do Hospital Sírio-Libanês aproveitam o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26/04) para alertar sobre a importância do diagnóstico, tratamento e controle dos níveis de pressão arterial para manutenção da saúde.
Segundo Décio Mion, nefrologista do Hospital Sírio- Libanês, se o hipertenso mantiver o controle eficaz dos níveis da pressão arterial, os riscos de infarto, problemas renais e AVC são os mesmos de quem não sofre com a doença. “Mas apenas 10% das pessoas que sabem ser hipertensas têm a pressão controlada”, diz o especialista.
Prevenção
O controle clínico regular garante o diagnóstico. Basta ir anualmente a um médico, seja ele clínico geral ou especialista, para ser diagnosticado. É considerado hipertenso o indivíduo que apresentar níveis de pressão iguais ou superiores a 14 por nove, quando os limites considerados ideais são menores ou iguais a 12 por oito.
Pessoas com diabetes, com histórico familiar de pressão alta, aquelas com excesso de peso, que consomem bebida alcoólica regularmente e exageram na ingestão de sal e produtos industrializados devem redobrar a atenção, pois estão mais sujeitas a desenvolverem a hipertensão.
“O ideal é de que cada pessoa consuma, no máximo, cinco gramas de sal dor dia. Em uma família com quatro pessoas, por exemplo, um quilo de sal deve durar aproximadamente dois meses. Por isso, uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e alimentos não industrializados é a mais recomendada”, afirma Mion.