A quantidade de pacientes sob assistência domiciliar no Brasil é estimada em 96 mil – exceto beneficiários de programas de doenças crônicas – projeção realizada a partir do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, publicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que apresenta dados do regime de internação domiciliar.

Sozinho, esse mercado movimenta cerca de R$ 2 bilhões (internação domiciliar), volume estimado a partir de dados estatísticos do mercado americano de home care, publicado pela Associação Nacional Americana de Home Care e Cuidados Paliativos (NAHC – National Association for Home Care & Hospice). Dados NAHC.

Comparativamente ao mercado norte americano, o brasil deve crescer substancialmente em número de pacientes, empresas e negócios. Só nos EUA em 2009 o volume de despesas com o segmento de home healh care superou U$ 72,2 bilhões em despesas e assistência a 12 milhões de pessoas (NAHC).

As agências de atenção domiciliar norte americanas oferecem três categorias de serviços, home health care (semelhante à assistência brasileira), hospice care (cuidados paliativos) e home care aide (agência de cuidados de apoio e auxílio ao paciente). Esta última assemelha-se aos serviços oferecidos por empresas de cuidadores de idosos, que se diferenciam de assistência em home care e não são custeadas por operadoras de planos de saúde.

No brasil há 1.535 provedores de atenção domiciliar privados, de diferentes categorias, segundo dados da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE), publicados na pesquisa Perfil Brasil 2013. Já nos EUA esse universo supera 33 mil provedores de serviços nas diferentes categorias.

Dados da National Home and Hospice Care Survey (NHHCS) mostra que o crescimento do mercado de empresas especializadas em cuidados paliativos é superior ao de empresas de assistência domiciliar que oferecem serviços mistos. Este indicador é acompanhado pelo número de pacientes de cuidados paliativos, que aumentou enquanto o volume de pacientes em assistência domiciliar mista (internação, atendimento e procedimento) se mantive estável.

No Brasil ainda há muito a se fazer para tornar abrangente o entendimento sobre os cuidados paliativos – leia Enfrentando o Tabu da Morte. A população em geral desconhece o objetivo desse tipo de atendimento, reconhecendo-o como sinônimo de “cuidados ao fim da vida”, quando a modalidade terapêutica é bem mais abrangente.

Este aumento de entendimento deve fazer com que haja importante concentração e posicionamento de empresas preocupadas com os cuidados paliativos.